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domingo, 22 de junho de 2008

Brasil: Imigração Japonesa

"A imigração japonesa foi a bordo do vapor Kasato-Maru que, no dia 18 de junho de 1908, aportou em Santos a primeira leva organizada de trabalhadores vindos do Japão.

Com uma cultura rica e bem particular (incluindo uma maneira própria de tratar os alimentos), eles saíram de seu pequeno país em busca de trabalho na imensidão das terras brasileiras.

Sua chegada ao Brasil significou, para eles, a descoberta de um enigmático mundo novo. O mesmo aconteceu com os brasileiros que os recebiam: para estes, abria-se uma era de contato com uma civilização que, em quase um século de presença, mostraria ter muito a ensinar.

Relativamente recente já que a data deste século, e apesar de dificuldades iniciais, esta imigração terminou sendo um fenômeno tão importante que hoje o Brasil já sedia a maior comunidade japonesa fora do Japão.

São Paulo é o exemplo mais eloquente do peso desta cultura que chegou e ficou, cativando os brasileiros por sua riqueza e tradição - e também pelo estômago. A prova disso é a existência de um importante bairro japonês na cidade, a Liberdade, onde o comércio de artigos de todo tipo, inclusive alimentícios, é intensamente frequentado pelos paulistanos. Os produtos ligados à mesa vão desde as lascas de peixe seco, tão importantes no caldo básico das sopas, até apetrechos para moldar rapidamente os bolinhos de arroz dos sushis. Eles são procurados e escolhidos criteriosamente pelos japoneses, por senhoras de gestos rápidos,ocupadas em prover seus descendentes com a mesma comida que as nutriu na infância, e que traz no paladar e nos aromas a saudade de sua terra.

Mas não são apenas os japoneses ou seus herdeiros, nisseis e sanseis, que circulam pelos mercados e lojas orientais, aspirando o aroma de um potinho de raiz-forte para verificar o seu frescor ou tocando delicadamente a crosta de pequenos pastéis para testar o ponto da massa: hoje são muitos os brasileiros que se misturam aos rostos orientais nas lojas e mercados, já iniciados nos segredos destes sutis sabores trazidos de tão longe.

Não só em São Paulo, mas em outros Estados brasileiros, tornaram-se um sucesso os restaurantes japoneses. Muitos vivem lotados: alguns por uma clientela ocidental mais abastada , que maneja com incrível desenvoltura os antes tão exóticos talheres de pauzinhos, o hashi; outros, atraem um público mais simples, mas igualmete interessado, que os procuram nas imediações dos mercados ou no próprio bairro japonês."

sábado, 21 de junho de 2008

Carreira: Profissão Professor

"Dê o seu show, professor

... Max G. Haetinger, pedagogo, autor do livros Criatividade – Criando Arte e Comportamento e Informática na Educação – Um olhar criativo e diretor do Instituto Criar (www.maxcriar.com), nota que não podemos confundir professor criativo com aula divertida.

“O professor pode fazer micagens e, no entanto, não desenvolver a criatividade. Não é porque a aula é alegre que a criatividade está sendo promovida. A “aula show” é um tipo de aprendizagem, mas, na minha opinião, não é a ideal”. Ele afirma que esse tipo de aula, muito comum nos cursinhos, não faz com que o aluno aprenda, mas que decore o conteúdo. E que, no fundo, a forma de ensinar continua sendo a mesma utilizada lá no ensino regular pelos professores que dão as aulas mais teóricas, com quadro, giz, caneta e caderno. “A diferença é que o professor de cursinho alegra o conteúdo. Mudar a educação é quebrar o paradigma do decorar. Os professores não podem ensinar para que os alunos decorem, mas para que aprendam as coisas, que saibam pensar e refletir, que desenvolvam a liderança, por exemplo”, conclui o professor Max.

O buraco é mais embaixoAs escolas também estão aprendendo a diferenciar o professor que consegue realmente fazer algo diferente daqueles que apenas empetecam as aulas. Inês Perna, psicóloga do Grupo Catho, empresa líder em recursos humanos, diz que as escolas e as empresas em geral procuram pessoas inovadoras, aquelas que procuram saída quando não têm recursos. E que, para encontrar esse profissional, até a forma tradicional de contratação de professores deve mudar. O preconceito é em relação a pessoas críticas demais, que costumam questionar tudo.

“A banca está mais focada no histórico do profissional, na formação acadêmica e no conteúdo. O processo de seleção para contratar os professores que dão show tem que ir além da banca, ter algo agregado que possa identificar o profissional criativo. É importante também avaliar a experiência prática, a criatividade para resolver problemas. Professores extremamente acadêmicos costumam ser ricos em conteúdo, porém com maior dificuldade de expressão. É importante prestar atenção na forma de se comunicar do profissional.”

Por enquanto, boa parte das escolas ainda está tateando, procurando encontrar a melhor maneira de achar esse professor que se destaca, que faz a diferença. Em outros setores da economia, os testes de seleção já procuram envolver a maior parte dos aspectos de uma pessoa. Bateria de perguntas, análise do que foi dito, do que ficou nas entrelinhas, dinâmica de grupo, entrevistas, testes e mais testes. Candidatos passam semanas sendo avaliados, medidos. Sempre se escolhe o melhor? Não, mas se dá ao contratante uma oportunidade de conhecer melhor vários aspectos do candidato antes de oferecer o emprego. Vale também para o professor que dá show. Não se permite mais que ele seja escolhido apenas devido ao currículo e por uma aula simulada para uma banca de professores. Há dezenas de outros aspectos a considerar: facilidade de trabalhar em grupo, organização, conhecimentos gerais, iniciativa, liderança. Uma escola só pode ser tão boa quanto a soma de seus professores. Prepare-se para esse novo mundo.

Há alternativas. Na Semco de Ricardo Sempler, por exemplo, os funcionários são escolhidos por seus colegas. O currículo é pré-requisito. Os aprovados batem um papo com seus colegas e com os possíveis subordinados. Aí, escolhem o novo empregado com base na intuição. “Fui com a cara da Sicrana”, “Fulano me passou boa segurança”, e por aí. Até hoje, essa maneira de selecionar funcionou muito bem.

O que é um show de professorEm nossa pesquisa, o item mais votado foi criatividade, com 13,88% das respostas. Para o professor Max, criatividade nada mais é do que vivenciação. Do que viver. Há como não viver?

“Criar é vivenciar e tirar da sua experiência novas respostas, outros caminhos para a ação a seguir. Então, quanto mais velho, mais criativo eu serei? Talvez, pois o ato de criar depende das vivências. No entanto, apenas a passagem do tempo nem sempre fornece o feedback criativo em nossas ações, sendo também importante o modo como as vivenciamos. Pode-se passar a vida respondendo a estímulos de maneira criativa ou apenas reproduzindo padrões”, diz. Criatividade passa necessariamente por experimentar coisas novas, por não se acomodar em um só caminho, por se desenvolver e aprender coisas novas sempre.

Portanto, quando desenvolvemos a criatividade, melhoramos consideravelmente a nossa auto-imagem e a nossa auto-estima. Podendo discernir melhor as coisas que são importantes para nós, conseguimos gerar idéias novas e únicas a todo momento, o que é fundamental para o nosso desenvolvimento, completa Max. Essa criatividade responsável é que deve ser buscada pelo professor. Não é o cabelo verde, subir em cima da mesa, dançar com os alunos. É fazer o que for preciso para despertar o interesse e garantir a atenção da turma. Muitas vezes, isso é conseguido com um novo tipo de exercício, lápis e papel. Por que não?

Veja o que nos conta a professora Marli Cristina Jóia. No caso dela, a criatividade, o show, veio por meio de algumas enciclopédias. Sua turma de alunos do pré-escolar deveria aprender, naquele dia, sobre ninhos de pássaros. Levou então a criançada à biblioteca da escola, onde os volumes da enciclopédia já estavam separados. “Meus pequenos alunos ficaram maravilhados por terem acesso a um livro tão grosso! O Gabriel, um deles, foi logo perguntando se ele poderia ler aquele livro quando tivesse 18 anos. Respondi que ele já poderia começar, pois já é capaz de ler. Todos ficaram admirados! Eles queriam discutir, comparar, perguntar.” De volta à sala de aula, com a enciclopédia à tiracolo, os alunos se reuniram em volta da mesa da professora e começaram a copiar e a pintar os ninhos. Estavam tão à vontade que começaram a cantar uma música em sala. “Parecia mesmo que estavam em um ninho aconchegante”, diz a professora. “Permaneci boquiaberta observando a cena, a tranqüilidade com que tudo transcorria, nem pareciam estar na sala desenhando... pintando..., passei a refletir sobre a arte de transformar o saber em prazer, perplexa diante daqueles alunos integrados naquele momento, saboreando e também se emocionando... Há muito não via nada igual”.

Isso é criatividade. Isso é show. Dos melhores.

O que desenvolverAs características desejadas de um professor show têm a dificuldade de não serem cartesianas. Pode-se dizer, e comprovar, que se sabe tudo de Física, de determinado período de História. Mas como desenvolver criatividade, capacidade de trabalhar em grupo e outros? Algumas dicas:

CRIATIVIDADE

Leia muito, de grandes livros de Filosofia a bula de remédio. De vez em quando, compre uma revista de um assunto que não tenha nada a ver com você: skate, pescaria, tricô.
Faça caminhos diferentes para ir à escola, e preste atenção no que passa por você.
Nunca pare de se desenvolver. Mesmo que esteja satisfeito com sua forma de dar aula, desafie-se a sempre melhorar.

Converse com vizinhos e com pessoas de outros ramos de atividade, aprenda com elas.
Procure olhar tudo com os olhos de um alienígena. Por que as coisas ocorrem de determinada maneira? Por que determinado material didático está naquela posição? Será que não há uma maneira mais prática, fácil ou inteligente de organizar e usar aquilo?

CAPACIDADE DE TRABALHAR EM GRUPO

Seja voluntário de algum projeto que o obrigue a trabalhar com outras pessoas. Pode ser um mutirão para recuperar uma praça, um grupo de arrecadação de agasalhos para asilos ou qualquer outro que lhe interessar. O importante é que tal projeto tenha um objetivo claro e que você tenha de interagir com outras pessoas.

Pratique um esporte coletivo.

Em reuniões de condomínio, de pais e mestres ou em qualquer outra, tente identificar o que prejudica a boa comunicação e o entendimento do grupo: acusações, mudanças bruscas de opinião, pessoas que só querem aparecer. Depois que você souber identificar essas pessoas e ações prejudiciais ao grupo, basta atuar para impedir que elas apareçam nas reuniões de trabalho das quais você participa.

Faça um curso de negociação. Trabalhar em grupo tem muito a ver com o que você cede, o que você se compromete a fazer e como chegar a um acordo positivo no final.

ALEGRIA E ÂNIMO

Invista em um livro engraçado – de piadas, de charges ou cartuns e similares. Antes de um encontro ou aula potencialmente estressante, leia algumas páginas. Assim você relaxará seus nervos e isso pode ajudá-lo a criar uma frase engraçada que cortará a tensão do encontro, ajudando todos a encontrar a melhor solução.

Lembre-se sempre dos motivos pelos quais você quis ser professor. O que o motiva, a sua alegria de lecionar.

VONTADE DE TENTAR COISAS NOVAS

Certifique-se de que a direção apóia novidades, e de que tem consciência que, como toda novidade, algumas não irão funcionar da maneira como se espera. Caso sua escola queria um professor que crie desde que sejam idéias à prova de falha, desista. Não funciona dessa maneira.
Entenda que você nunca vai ter informações suficientes para tomar uma decisão 100% segura.

Comprometa-se com uma data para começar o seu novo projeto. Nada pior que investir massa cinzenta e tempo e não tirar a idéia do papel.

CAPACIDADE DE “FALAR A LÍNGUA” DOS ALUNOS

Assista programas infanto-juvenis na televisão. Seu objetivo não é tanto pegar as gírias, mas prestar atenção aos assuntos que são mais abordados. Não é tanto usar o vocabulário dos jovens, mas entender o que os está preocupando no momento.

Jornais são outra grande fonte de informação sobre seus alunos, sempre estão publicando pesquisas sobre o comportamento e a cabeça dos mais jovens. Acompanhe esses estudos de perto.

Procure conhecer pessoas que trabalham em creches, hotéis infantis ou colônias de férias. Peça dicas sobre o que incomoda o pessoal mais jovem.

TEATRO E AULA
Em 2004, o Senac de São Paulo oferece o Curso de Dramatização para Professores. O ator, professor, locutor e diretor de teatro Augusto Rocha diz que há uma certa resistência dos professores, vencida logo nas primeiras aulas: “Eles ficam com um pouco de medo no começo, falam ‘ah, ficar fazendo teatrinho...’, aquele aspecto negativo, pejorativo, mas logo percebem que não é isso não. O material de apoio é muito bom, com textos literários de bom nível, então eles começam a perceber a qualidade do projeto.” Ele sugere, para que o aprimoramento seja um processo contínuo, que o professor faça mensalmente uma atividade de dramatização.

E, para os interessados, ele reafirma: o pessoal não fica fazendo “teatrinho”. Segundo Augusto, são abordados a questão vocal, corporal, o trabalho com o discurso, o pensamento lógico, aprender a trabalhar o ritmo da fala, o tom, a modulação tonal, a modulação de velocidade, a de intensidade. Visite o site: http://www.sp.senac.br/

UM SHOW DE PROFESSOR NAS AULAS
Em A Sociedade dos Poetas Mortos, Robin Williams faz o tipo de professor que as escolas brasileiras procuram hoje. Pena que a personagem do filme estava adiantada quase um século, e, portanto, não conseguiu destaque em sua carreira. Conseguiu, entretanto, tocar os alunos e mudar seu modo de ver o mundo. Veja algumas dicas do filme para você:

Ensine-os a pensar. Assim, você não apenas dá um tesouro que será usado a vida inteira, mas facilita também o aprendizado.

Use experiências e qualidades dos próprios alunos em suas aulas.

Surpreenda-os.

Descubra qual a “personalidade” da sua turma. Cada sala tem uma maneira preferida de trabalhar, principalmente se há um “núcleo” de alunos que já está junto há tempos. Encontre o rosto de sua turma.

PESQUISA
Quais são as principais características que a sua escola procura em um professor?
Criatividade 13,88%

Capacidade de trabalhar em grupo 11,82%

Alegria, ânimo 9,01%

Vontade de tentar coisas novas 9,01%

Conhecimento técnico 7,88%

Capacidade de “falar a língua” dos alunos 7,13%

Capacidade de adaptação à metodologia da escola 6,38%

Capacidade de administrar o tempo e seguir cronogramas 6,19%

Capacidade de improvisar, de “sair do roteiro” 6,00%

Outros 22,7%
FONTE: Profissão Mestre

COMO ENCONTRAR O PROFESSOR CERTO

Na entrevista, é importante observar as expressões corporais do candidato, como ele relata seu histórico, cotidiano e formas de dar aula.

Uma entrevista informal, com perguntas abertas, ajuda a sentir e a obter essas respostas. Supor situações para que o candidato diga como resolver também é uma forma de conhecê-lo."

Revista Profissão Mestre - A única revista dedicada à carreira do professor

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Max Haetinger


MAX HAETINGER, é professor e director do Instituto Criar, do Brasil.

" O professor Max atua desde o final dos anos 80 na modelagem, criação e desenvolvimento de sistemas de aprendizagem, ensino e capacitação. Sua trajetória começa com os materiais de educação por TV (telemática), passando pelas apostilas, vídeos, sistemas de livros didáticos, CD-ROMs educativos, softwares, ambientes de ensino virtuais e aprendizagem por multimeios. Estas metodologias foram usadas tanto em educação corporativa quanto em escolas.

O Professor Max G. Haetinger trabalha desde 1984, ministrando cursos e palestras sobre temas ligados às áreas da Educação, Tecnologia, Motivação, Empreendedorismo, Mídias e novas tecnologias."


Ministrará sexta-feira (20/06/2008) uma palestra para Professores da Rede Municipal de Uberlândia- MG



Que seja bem vindo!





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