glitters

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

sábado, 26 de dezembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Artigos: Consciência Negra

Leia mais

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Clique e aprenda:

1. Movimento Negro
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2. Negros no Brasil
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3. Negros noutros países
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4. Negros em ascenção derrubam o preconceito no mundo
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5. Mundo Negro

Consciência Negra

Os textos abaixo focalizam as diferentes formas de discriminação e preconceito. Parte do material apresenta dados históricos, que explicam a origem das divergências entre povos e raças no Brasil e relatam o processo de escravidão, da colonização até a abolição. Focalizam, também, experiências educacionais sobre o tema e atividades desenvolvidas por professores em sala de aula.


1. África negra (colonização, escravidão e independência)
Conta a história do tráfico de escravos, da colonização e da luta pela abolição da escravatura. Tem também informações de países, líderes e movimentos africanos.
http://www.terra.com.br/voltaire/mundo/africa4.htm


2. Campanha abolicionista
Informações sobre os interesses e os fatos que resultaram na abolição dos escravos.
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/brasil/2004/11/16/001.htm
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3. Zumbi
Contém a biografia do líder negro Zumbi, a história dos primeiros quilombos, do tráfico negreiro e da abolição da escravatura.
http://www.zbi.vilabol.uol.com.br/

4. Portal Palmares
A Fundação Cultural Palmares é uma entidade pública vinculada ao Ministério da Cultura, que busca a preservação da cultura afro-brasileira. No site há publicações, legislação, indicação para outros sites e informações de projetos.
http://www.palmares.gov.br/
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6. Racismo nas escolas
Apresenta exemplos de discriminação racial no cotidiano escolar e também as ações do Ministério da Educação para combatê-la.
http://www.fundaj.gov.br/tpd/147.html

7. Diversidade cultural e fracasso escolar
Texto que introduz uma reflexão sobre as diferenças culturais, a discriminação e o fracasso escolar.
http://www.mulheresnegras.org/azoilda.html

8. Educação e diversidade cultural: refletindo sobre as diferentes presenças na escola
Este artigo coloca em debate as diferenças encontradas na escola, já que é um espaço socio-cultural onde há culturas diversas.
http://www.mulheresnegras.org/nilma.html

9. O racismo na sociedade brasileira
Apresenta textos sobre discriminação racial e a forma de inserção do negro no mercado de trabalho e na sociedade como um todo.
http://www.geocities.com/CollegePark/Lab/9844/racismo.htm?200630
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10. A Revolta dos males
Trata da revolta ocorrida em Salvador na Bahia em 1835. Negros muçulmanos que liam e escreviam no idioma árabe, se insurgiram contra a escravidão e a imposição da religião católica.
http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/a-revolta-dos-males.pdf

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Nossa Senhora Aparecida

12/10 - Dia de Nossa Senhora Aparecida
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Desde o descobrimento do Brasil, cultiva-se na América Latina e, sobretudo, em nossa pátria, terna devoção a Nossa Senhora, devoção trazida pelos colonizadores e missionários de Portugal à terra de Santa Maria.

Contudo, Nossa Senhora quis estabelecer, com sinais inconfundíveis, um centro de devoção que fosse um trono de graça. Surgiu então o Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

Em 1717, três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, moradores nas margens do rio Paraíba do município de Guaratinguetá, cansados e desanimados por não terem apanhado peixe algum, depois de várias horas de trabalho, já estavam rumando de volta, quando, lançando mais uma vez a rede, retiraram das águas o corpo de uma imagem sem cabeça e, num segundo arremesso, encontraram também a cabeça da imagem de terra cozida. Impressionados pelo evento, experimentaram mais um lance da rede; e naquele momento foi tão abundante a pescaria que encheram as canoas.

A pesca, quase milagrosa, despertou neles grande curiosidade em relação à imagem que limparam com muito cuidado e verificaram que se tratava duma imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura. Colocaram-na no oratório de sua pobre morada e diante dela começaram a fazer suas orações diárias. Não tardou a Virgem Santíssima a mostrar por novos sinais que tinha escolhido esta imagem para distribuir favores especiais a seus devotos.

A devoção e a afluência do povo crescia todos os dias e por isso impunha-se a construção duma capela em lugar apropriado a fim de facilitar a devoção dos fiéis. Estava aí o morro dos coqueiros, o mais vistoso de todos os altos que margeiam o Paraíba. Em cima deste morro foi construída a primeira capela em 1745 e foi celebrada a primeira missa. A imagem de Nossa Senhora da Conceição, já então chamada pelo carinhoso nome de Aparecida, estava em seu lugar definitivo, dando origem à cidade do mesmo nome.

Com o crescer contínuo das romarias, somando vários milhões os romeiros de cada ano, notou-se que o santuário se tornara demasiadamente pequeno. Desde o ano de 1950 pensou-se na construção de um novo e mais majestoso templo mariano. A ciclópica construção com suas dependências durou mais de vinte e cinco anos e, finalmente, foi solenemente consagrada na histórica visita do Papa João Paulo II ao Brasil, no dia 4 de julho de 1980. A presença do Papa Mariano, suas maravilhosas exortações, ficaram como um marco indelével na história da devoção a Nossa Senhora Aparecida.


Fonte:
http://contoselendas.blogspot.com/2004/10/nossa-senhora-aparecida.html

domingo, 6 de setembro de 2009

Hino Nacional

rsrsrsrs...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Poesias

"O universo da poesia é muito rico e encantador e o professor é o mediador e o iniciador do aluno neste mundo maravilhoso da leitura. Esse trabalho com leitura deve ser lúdico, prazeroso e bastante agradável"

>>> Se você gosta de LER tanto quanto eu, clique nos links abaixo e lerá belas POESIAS...

01. O cão sem plumas — João Cabral de Melo Neto


02. Jeremias Sem–Chorar — Cassiano Ricardo


03. As flores do mal — Charles Baudelaire


04. Poesia vestida de azul — Carlos Pena Filho


05. Em séculos de sombra — Cecília Meireles


06. A colina — Edgar Lee Masters


07. Como a noite descesse... — Emílio Moura


08. Mais real que a realidade — Alphonsus de Guimaraens Filho


09. O Carnaval de Bandeira — Manuel Bandeira


10. O que pintar eu assino — Paulo Leminski


11. O negro fala sobre rios — Langston Hughes


12. A rosa de Hiroxima — Vinicius de Moraes


13. Feminino, singular — Myriam Fraga


14. Lembranças do interior — Mauro Mota


15. Álbum de família — Jorge de Lima


16. Um poeta de paixões — Casimiro de Brito


17. Um mestre do haikai — Guilherme de Almeida


18. O poeta da memória — Ruy Espinheira Filho


19. Ruminações urbanas — Donizete Galvão


20. Recordações de Tramataia — Joaquim Cardozo


21. Carta ao senhor da guerra — Renata Pallottini


22. Os outros Pessoas — Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos


23. Paisagens com palavras — Ieda Estergilda de Abreu


24. Sinfonia em versos — Paul Verlaine


25. Um cais chamado saudade — Sônia Régis


26. A valsa sem memória — Antonio Brasileiro


27. O apocalipse do Aleijadinho — Bueno de Rivera


28. Um poeta popular — Jacques Prévert


29. Palavra carece de pátria — Iacyr Anderson Freitas


30. Sem efeitos especiais — William Carlos Williams


31. Paisagens do deserto — Tarso de Melo


32. Para que serve o pássaro? — Orides Fontela


33. A explicação do poema — Haroldo de Campos


34. Poema do falso amor — Dante Milano


35. O pensamento a galope — Roberval Pereyr


36. Uma pedra de sal no oceano — Henriqueta Lisboa


37. A sintaxe do ferro — Ricardo Rizzo


38. Moderno, com 400 anos — Luís Vaz de Camões


39. Uma cadela no carnaval — Elizabeth Bishop

40. Estilhaços de poesia — Vera Lúcia de Oliveira

41. Instantâneos da metrópole — Paulo Ferraz

42. Um rio que corre na alma — Erorci Santana

43. A cicatriz e a serpente — Ruy Proença

44. Versos escritos com bisturi — Marianne Moore


45. As coisas que nos cercam — Paulo Henriques Britto


46. Retratos sem retoque — Fabio Weintraub


47. Por causa de Jandira — Murilo Mendes


48. Com o vento nos cabelos — Affonso Manta


49. Escrito em 2045 — Carpinejar


50. A chama viva do flamenco — Rainer Maria Rilke


51. A dança das garças — Maria Lúcia Martins


52. O último dia do ano — Carlos Drummond de Andrade


53. À flor da pele — João Camilo


54. A fome do primeiro grito — Hilda Hilst


55. O homem do violão azul — Wallace Stevens


56. Tiroteio de silêncios — Carlito Azevedo


57. Pitangas no travesseiro — Betty Vidigal


58. Acima de qualquer suspeita — José Paulo Paes


59. Às cinco horas da tarde — Federico García Lorca


60. À borda dos incêndios — Salgado Maranhão


61. Administrador do inútil — Manoel de Barros


62. O amolador de tesouras — Fred Souza Castro


63. No território do cotidiano — Adélia Prado


64. À espera dos bárbaros — Konstantinos Kaváfis


65. "Eu é um outro" — Sá de Miranda


66. Poesia pós–tudo — Augusto de Campos


67. A Bela de Amherst — Emily Dickinson


68. Água, terra, fogo e ar — Fernando Paixão


69. Versos em surdina — Ribeiro Couto


70. Eu não sou eu nem o outro — Mário de Sá–Carneiro


71. Tigre! Tigre! — William Blake


72. À beira da vida — Dalila Teles Veras


73. Baú de espantos — Mario Quintana


74. O solitário de Mariana — Alphonsus de Guimaraens


75. A poesia da práxis — Mário Chamie


76. Mulher e pássaros — Dora Ferreira da Silva


77. Enquanto o dia não chega — Nuno Júdice


78. Lira paulistana — Mário de Andrade


79. A sereia que leu Marx e Freud — Sosígenes Costa


80. As cismas do destino — Augusto dos Anjos


81. O olho de um pequeno deus — Sylvia Plath


82. No vôo cortante da tarde — H. Dobal


83. Um gosto de óleo diesel — Rosana Piccolo


84. Sentimento ocidental — Cesário Verde


85. Passos e acenos — Florisvaldo Mattos


86. Por trás da cortina — Sergio Cohn


87. Hay un tigre en la casa — Eduardo Lizalde


88. Do outro lado do mar — Sophia de Mello Breyner Andresen


89. No subsolo do discurso — Antonio Carlos Secchin


90. Não percas o ser humano — Nauro Machado


91. O selvagem Rimbaud — Arthur Rimbaud


92. Penso, logo minto — Reynaldo Damazio


93. No formigueiro das letras — Ana Cecília de Sousa Bastos


94. Na fumaça de um charuto — Álvares de Azevedo


95. Um clássico pós–moderno — Alexei Bueno

96. Texto com e sem palavras — Décio Pignatari


97. Sintonia de cristais — Maria Esther Maciel


98. Barras de ferro — Carl Sandburg


99. Poema de cem faces — Cem Poetas


100. Na janela da memória — Chantal Castelli


101. Vibrações de tempo — Paulo Mendes Campos


102. Papoulas de arame — Francisco Carvalho


103. O outro nome da chuva — Danilo Monteiro

104. Memória da guerra — Izacyl Guimarães Ferreira


105. Leão rasgando seda — André Luiz Pinto


106. Explosão de argila — Prisca Agustoni


107. O salário mínimo da poesia — Dylan Thomas


108. Máquina zero — Ricardo Aleixo


109. Uma roça de estrelas — José Inácio Vieira de Melo


110. Sobre a hora indesejada — Pedro Nava


111. Sede de voar — Maria da Conceição Paranhos


112. Um poeta da realidade — Czeslaw Milosz


113. Lavoura azul — José Chagas


114. Blues à moda mineira — Edimilson de Almeida Pereira


115. O homem de La Mancha — Carlos Drummond e Jorge Luis Borges


116. Coisas imediatas — Heitor Ferraz Mello


117. Suor e alfazema — Ilka Brunhilde Laurito


118. Pedras na beira do rio — João de Moraes Filho


119. Sonetos de amor — Elizabeth Barrett Browning

120. Uma canção distante — Soares Feitosa

121. Tabuada de menos — Fernando Fábio Fiorese Furtado

122. Voando com o pássaro — Ana Cristina Cesar


123. Beleza e verdade — John Keats

124. Acrílico sobre papel — Almandrade

125. Fotografias com palavras — Luiz Roberto Guedes


126. O eterno passageiro — Ronaldo Costa Fernandes


127. Concerto para violino — Maria José Giglio


128. A vida imediata — Paul Éluard


129. O poema nasce nu — Júlio Polidoro


130. Pássaro na treva — Tasso da Silveira


131. Um poeta verde — Ascânio Lopes


132. Linguagem e vertigem — Ferreira Gullar

133. O caracol e a linha — Ésio Macedo Ribeiro


134. O fazedor — Jorge Luis Borges


135. O homem e sua hora — Mário Faustino


136. Devastações e esperanças — Carlos Nejar


137. Rumo à cidade santa — William Butler Yeats


138. Quase uma arte — Paula Glenadel


139. Sob o vôo das gaivotas — Lêdo Ivo


140. Talento rebelde — Vladímir Maiakóvski

141. Na cidade e no tempo — Moacyr Félix

142. Em poucas palavras — Virna Teixeira

143. Bêbado de universo — Giuseppe Ungaretti


144. Entre espuma e areia — Washington Queiroz


145. Pessoa, 70 anos depois — Fernando Pessoa


146. Veleiros brancos — Ledusha B. A. Spinardi


147. Nas ruas da cidade — René Char


148. Um sertanejo universal — João Guimarães Rosa


149. A terra desolada — T.S. Eliot


150. Assinatura do sol — Rodrigo Petronio


151. Sal nas feridas — Helena Ortiz


152. Fragmentos do cotidiano — André Dick


153. Um lance de dados — Stéphane Mallarmé


154. A cidade engatilhada — Armando Freitas Filho


155. Nas terras do sem fim — Cyro de Mattos


156. Onde dor é saudade — Lucian Blaga


157. Banquete de asas — Antônio Mariano

158. Brincando com navalhas — Déborah de Paula Souza


159. Crepúsculo sertanejo — Castro Alves


160. Partitura de ossos — Delmo Montenegro


161. Órfão do silêncio — Charles Simic


162. No diesel do passado — Plínio de Aguiar


163. Lua no asfalto molhado — Silvana Guimarães


164. Essa cidade, gota de sombra — Herberto Helder


165. Exercício de telegrafia — Salete Aguiar


166. Cana caiana — Ascenso Ferreira


167. Espelhos e enigmas — Ronaldo Monte


168. Vênus em Escorpião — Luíza Mendes Furia


169. O amor no papel — William Shakespeare


170. Geometria de Ícaro — Solange Firmino


171. O antimenestrel — Oswald de Andrade


172. Quando se afiam as facas — Eunice Arruda


173. Funcionário da poesia — António Ramos Rosa


174. Canções do exílio — Gonçalves Dias


175. Silêncio partido em dois — Cristina Garcia Lopes


176. Uma xícara no infinito — Amadeu Baptista

177. Sem margem de manobra — Claudia Roquette-Pinto


178. Metade da vida — Friedrich Hölderlin


179. A noite é verde — Trazíbulo Casas

180. O tigre revisitado — Joaquim Branco


181. Por favor, um blues — Silvia Chueire


182. Suor suspenso no óleo — Fabiano Calixto


183. Folhas de relva — Walt Whitman


184. Mundos oscilantes — Adalgisa Nery


185. Recusa ao devaneio — Júlio Castañon Guimarães


186. Geografia do deserto — Micheliny Verunschk


187. Novembro dos vivos — Alessio Brandolini


188. O cavalo amarelo — Alexandre Bonafim


189. Trigo e papoilas — Nuno Garcia Lopes

190. Elegias da memória — Gilberto Nable


191. Amoras bravas — Eugénio de Andrade


192. Nel mezzo del cammin — Dante Alighieri


193. O retorno de Saturno — Iracema Macedo


194. Esse vestido, esse segredo — Carlos Drummond de Andrade


195. Meditação sob os lajedos — Alberto da Cunha Melo


196. Quase silêncio — Ricardo Lima


197. Cheiro de terra molhada — Márcia Maia


198. Na praia da palavra — Eduardo Sterzi


199. O fazendeiro do mar — Cacaso


200. O olho do poeta obsceno — Lawrence Ferlinghetti


201. Arqueologia do olhar — Alexandre Marino


202. Trajetória de antes — Mariana Ianelli


203. O mundo indecidível — Vítor Oliveira Jorge


204. O silêncio dos deuses — Andityas Soares de Moura


205. A meninice nas mãos — Alberto da Costa e Silva


206. Por quem os sinos dobram — John Donne


207. O vôo da voz — Sônia Barros


208. As formas do barro — Aleilton Fonseca


209. O peixe e a espinha — Afonso Henriques Neto


210. Meditações na corda lírica — Ivan Junqueira


211. Onde estão as neves de outrora? — François Villon


212. Retrato visto de longe — Francisco Carvalho


213. Carne dos meus pensamentos — Neide Archanjo


214. Vou-me embora pra Braxília — Nicolas Behr


215. Contemplando a chuva — Juan Gelman


216. Serengas, lambedeiras e naifas — João Filho


217. No meio da rua deserta — Ana Rüsche


218. Minotauros no divã — Regis Gonçalves


219. História das demolições — Fabrício Corsaletti


220. Um sol entre as veias — Nicolás Guillén


221. Amor e beterrabas — Vitória Lima


222. O poeta do desterro — Cruz e Sousa

223. Naufrágios súbitos — Álvaro Alves de Faria

224. Uma valsa e dois ciúmes — Gonçalves Dias e Casimiro de Abreu


225. Plural de nuvens — Gilberto Mendonça Teles


226. A última réstia da lua — Raiça Bomfim


227. Evidências pedestres — Paulo Ferraz


228. Pão e água-de-colônia — Adília Lopes


229. De Glasgow a Saturno — Edwin Morgan

230. A sedução da imagem — Carla Andrade


231. Trigal com corvos — W.J. Solha


232. Olho de boi na paisagem — Júlio Machado

233. Noites, pássaros e gaiolas — Alejandra Pizarnik


234. Entre o silêncio e a meditação — Moacir Amâncio


235. Pássaros convulsos — Vera Lúcia de Oliveira


236. Os homens obsoletos — Donizete Galvão


237. Lady Lazarus — Sylvia Plath


238. O taquígrafo da mente — Allen Ginsberg


239. Profundamente — Manuel Bandeira


240. Para isso fomos feitos — Vinicius de Moraes

241. Farol na névoa — Dante Milano


242. No silêncio das águas — Maiara Gouveia


243. Banquete de rebeldia — Decio Bar


244. O galo branco — Augusto Frederico Schmidt


245. Em tempo de luas magras — Cida Pedrosa


246. O falcão e a nuvem — Eugenio Montale


247. O gênio do Cosme Velho — Machado de Assis


248. Palavras soltas; talvez dor — Jorge Wanderley


249. Gleba de ausentes — H. Dobal


250. "Tenho mais almas que uma" — Fernando Pessoa


251. Goteira da memória — Lenilde Freitas


252. O verso sem plumas — Maria Thereza Noronha

253. Disse o corvo: "Nunca mais" — Edgar Allan Poe


254. Todas as cidades do mundo — Izacyl Guimarães Ferreira


255. Poemas de circunstância — Manuel Bandeira e Carlos Drummond


256. Só a noite é que amanhece — Alphonsus de Guimaraens Filho

57. Palavras de sal — Angélica Torres Lima


258. Cidade, por que me persegues? — José Paulo Paes


259. Cheiro de terra molhada — Mariana Botelho


260. Canções de Cecília — Cecília Meireles


261. Poemas diante do espelho — Sete poetas


262. Sob o signo do blues — Amélia Alves


263. O azeite do desengano — Ronaldo Costa Fernandes


264. Elegias do País das Gerais — Dantas Mota


265. 3,141592653589793238... — Wislawa Szymborska


266. Uma estrela trêmula — Max Martins


267. Hora de brincar — Poesia para crianças


268. A rua do padre inglês — Everardo Norões

domingo, 26 de julho de 2009

Aprender Brincando


1-O chinelo
Em círculo: no centro, dois participantes de quatro (apoio) e olhos vendados. Colocar em qualquer lugar desconhecido pelos participantes do centro, um chinelo ou tênis. Estes procuram até encontrar e aquele que o fizer primeiro, terá o direito de dar umas chineladas em seu companheiro.


2- Jogo da banana
Vendam-se os olhos de dois voluntários. Cada qual receberá uma banana descascada. Será vencedor, aquele que primeiro conseguir enfiar a banana na boca do adversário.


3- O Limão
Um saquinho de milho é um limão. Sentados em círculo, o professor com o limão na mão, inicia a passagem que deve acompanhar o ritmo do canto. O limão, entrou, na roda. Ele passa de mão em mão. Meu limão. Ele vai, ele vem (bis). Ele ainda não chegou. Ao dizer a última palavra, o participante que estiver com o limão na mão, é eliminado ficando no centro da roda batendo palmas no ritmo musical, e o jogo continua até que haja um vencedor.


4- O pintor cego
Participantes em fileiras, frente a um quadro negro,mãos atrás das costas. O professor colocará nas mãos de cada participante um objeto diferente, dando tempo suficiente para que ele possa identificar. Retirado o objeto da mão do participante, ele terá que desenhá-lo no quadro com a maior exatidão possível e em menor tempo.


5- Acertar a bola
Sentados formando um círculo; no centro, um dos participantes com os olhos fechados, segurando um bastão. Um escolhido de passe da bola atira-a ao solo, fazendo ruído. Caberá ao participante do centro, atirando-se pela queda da bola, localizá-la com o bastão ( que deverá sempre ser movimentado com a ponta junto ao solo). Quando acertá-la, escolherá outro companheiro.


6- Círculo de Giz
O animador desenha um círculo, a giz no chão. Este deverá conter todos os participantes. A seguir apaga-se as luzes da sala, ordenar que todos procurem entrar no círculo. Após, acende-se as luzes, quem se encontrar fora do círculo sai da brincadeira.

7- Concurso de nariz
Sentados em círculo, com os olhos vendados. O animador lhes fará cheirar 10 objetos. Por exemplo: flor, queijo, frutas, pimenta,etc... Será vencedor, aquele que souber identificar o maior número de objetos.

8- O cego e as Palmas
Todos os olhos vendados, menos um. Ao som das palmas, os cegos se orientam e procuram tocar o que bate as palmas. Aquele que o tocar, troca de lugar com ele.
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9- O cachorro e o Osso
Participantes em círculo. Um deles sentados e com os olhos vendados no centro, terá perto de si, um objeto que significa o osso. Ao sinal do professor, um participante latirá e tentará indicar a direção em que se acha. Caso acerte, trocará de lugar com quem se aproximou, se errar permanecerá.

10- Quem atirou?
Sentados em círculo, um no centro, com a cabeça baixa. A bola de papel passa de mão em mão. Em determinado momento, um arremessará a bola na cabeça do que está no centro. Este, sem levantar a cabeça, indicará quem atirará quem atirou a bola. Se acertar, troca de lugar com ele, caso contrário permanecerá no local até que acerte.

11- Campeão pelo tato
Sentados nas carteiras, escolhe-se cinco participantes que vendarão os 0lhos e irão a frente do grupo. O professor fará passar as mãos dos cinco vendados, três objetos. Os que mais acertarem, irão escolher quem vai substituí-los.


12- Quem está com a bola?
Em círculo, um no centro com os olhos fechados. Ao sinal, aquele que tem a bola, passa-a a seus companheiros; a outro sinal , o que estiver com a bola, esconde-a atrás do corpo. O que está no centro, abre os olhos e procura adivinhar quem tem a bola. Se acertar troca de lugar com quem tinha a bola.


13- Passagem dos saquinhos
Seis saquinhos de milho. Sentados no chão em duas fileiras frente a frente. Na extrema direita de cada fileira, colocam-se os saquinhos empilhados. Ao sinal, a criança que está mais próxima dos saquinhos pega um por um, com a mão direita e entrega aos participantes do lado. Este fará o mesmo passando ao terceiro e assim por diante, até o fim da fileira, retornando ao ponto de origem. Vencerá a equipe que primeiro terminar a tarefa.


14- Cadeiras com Sapatos
Ao sinal, os participantes de olhos vendados, devem engatinhar procurando tênis ou sapatos( que foram espalhados anteriormente), e a medida que são achados. Vão sendo colocados nos pés das cadeiras. Será considerado vencedor quem colocar mais calçados nos pés.

15- Vozes dos animais
Em círculo, cada participante com um bastão. Um no centro de olhos vendados, sem o bastão. Ao sinal todos andam silenciosamente, mudando de posições. Ao novo sinal, param e estendem o bastão à frente, na direção do cego. Este, tateando, pega um bastão estendido e intima o dono a imitar um animal qualquer. Se for reconhecido pela voz, irá para o centro; caso contrário, o cego escolherá outro animal para imitar. Cada um tem direito a repetir 3 vezes.


16- Procurar o porco
O professor trará desenhado em uma cartolina um porco sem rabo. A seguir, um voluntário com os olhos vendados, munido com um recorte de papel em forma de rabo, tenta coloca-lo sem eu devido lugar. Os participantes acompanham a brincadeira com a torcida. Quem conseguir acertar, receberá uma prenda.


17- Cabra Cega
Olhos vedados o Cabra cega deverá pegar um dos participantes. Os participantes terão guizos nos tornozelos para chamar a atenção da cobra. O aluno que for pego será a cobra.


18- Quebrar o pote
Um participante observa onde está o pote e a seguir os seus olhos serão vendados. Com um bastão na mão, tenta quebrar o pote. Antes de iniciar, o animador fará o participante girar duas vezes sobre si. Terá três tentativas, caso não acerte o pote, prossegue a brincadeira com o outro participante.


19- Mãos de Cego
Em círculo com um participante no centro com os olhos vendados. Cantando os participantes se movimentam de um lado para o outro, ao passarem, a cega tocará em um participante, este terá que imitar um animal, para que o cego reconheça. Reconhecendo, o participante irá para o centro.


20- Guarda a porteira (bola rolada).
Sentados em círculo,mantendo a distância de um braço entre si. Um com a bola na mão, rolando vagarosamente a bola procurando fazê-la no espaço existente entre dois participantes da roda, a porteira. Estas tentam impedir, defendendo a sua direita. Quem deixar a bola passar perde um ponto, devendo recuperá-la e voltar ao seu lugar, pondo-a novamente em jogo. A vitória será de quem tiver menos pontos perdidos.


21- De que é?
Dispor sobre a mesa vários objetos de matérias diferentes (madeira, ferro, vidro, porcelana). Cobri-los com um tecido. Os participantes formam um círculo em volta da mesa, com lápis e papel na mão. A professora irá bater nesses materiais com uma régua. Os participantes deverão adivinhar quais são os tipos de objetos e escrevê-los no papel. Vence aquele que acertar mais.


22- A mensagem telefônica
Duas equipes.
A professora fará uma mensagem no ouvido do primeiro participante de cada coluna. A mensagem é transmitida de ouvido a ouvido. O último participante de cada equipe dará publicamente a mensagem recebida. Vence a equipe que conseguiu chegar ao fim sem distorcer a mensagem.Variação do jogo: Cada participante de cada coluna vai até a professora para receber sua mensagem e então volta para dizê-lo ao próximo, e assim, sucessivamente até o último da coluna que deverá escrever a mensagem. Será vencedora a equipe que entregar primeiro a sua mensagem.


23- O detetive de ouvido apurado.
Dispor em uma sala diferentes objetos sonoros como guizos, panelas, vidros, caneca, caixa metálica, pandeiros, caixa de madeira, etc..., de tal maneira que façam circuito. Os participantes permanecem na sala ao lado e prestam atenção. São os detetives. O animador fará o papel de um gatuno que se desloca na sala, seguindo um determinado itinerário; ao passar deverá bater nos objetos, nunca repetindo os sons. Os detetives entram depois na sala, repetindo os sons que ouviram. Vence o jogador que repetir o maior itinerário.


24- Escondido cantando
Os participantes sentados, um participante destacado, inicia o jogo escondendo um objeto que o participante procurará encontrá-lo guiado pelo centro dos participantes que entoarão mais alto ou mais baixo uma melodia a medida em que ele se aproxima ou afasta-se do local onde se encontra o objeto. O vitorioso será substituído. Essa é uma variação do jogo que tem pelo nome está quente ou frio.

25- Calçar a cadeira
Dois participantes com os olhos vendados, no centro de um círculo, procurarão calçar duas cadeiras com sapatos ou copos de papel que estão dentro do círculo.Será vencedor, aquele que conseguir primeiro calçar os quatros pés de sua cadeira.


26- Onde está o relógio?
Os participantes, de apoio no chão (de quatro), olhos fechados, o professor coloca um relógio de corda no chão. Ao sinal dado, todos deslocam-se com o ouvido junto ao chão, para localizar o relógio, apenas pelo tic-tac, com o cuidado de não tocá-lo. Vence o primeiro que localizar o relógio.


27- O cego
Em círculo, um participante no centro, colocam-se seis a oito garrafas vazias, os participantes fará experiência antes de vendar seus olhos. Vendados os olhos, o voluntário executa a tarefa. Vencerá aquele que conseguir ultrapassar o percurso com o menor número de erros.


28- Estou vendo uma coisa
A vontade, ou sentados em círculo, o professor escolhe um objeto que esteja presente e diz: “estou vendo uma coisa vermelha”, cada participante deverá adivinhar qual objeto que tem a cor designada e a que conseguir, dirá o nome ao professor. Vencerá o primeiro que descobrir o que é.


29- Descobrir quem é
Um círculo grande com todos os participantes. Um deles, olhos vendados, vai passando dentro do círculo até encontrar um participante. Examina-o detalhadamente, tentando descobrir quem é. Ao descobrir, será retirada a venda e trocará de lugar com ele.


30- Tire igual a este
Sentados em seus lugares, cada participante segura um objeto diferente nas mãos. Um participante de olhos vendados coloca-se a frente dos demais. Dá-se um objeto ao participante de olhos vendados para que ele o segure por alguns instantes a fim de identificá-lo. Coloca-se este entre os demais. Retira a venda dos olhos e manda-se que ela retire o objeto que segurou nas mãos.

Variação da brincadeira (pode-se utilizar frutas no lugar dos objetos e no final da brincadeira, reparti-las e comê-las, aproveitando para trabalhar as frações e ou as cores e texturas, dependendo do grupo).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Henry Wallon

"Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado, porém, essa idéia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução comandada por um médico, psicólogo e filósofo francês chamado Henri Wallon. Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções, para dentro da sala de aula. Baseou suas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, "a própria negação do ensino".
Diferentemente dos métodos tradicionais (que priorizam a inteligência e o desempenho em sala de aula), a proposta walloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura mais humanizada. A abordagem é sempre a de considerar a pessoa como um todo. Elementos como afetividade, emoções, movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano. As atividades pedagógicas e os objetos, assim, devem ser trabalhados de formas variadas. Numa sala de leitura, por exemplo, a criança pode ficar sentada, deitada ou fazendo coreografias da história contada pelo professor. Os temas e as disciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro. Essa relação dialética ajuda a desenvolver a criança em sintonia com o meio.
Wallon considerava que entre a psicologia e a pedagogia, deveria haver uma relação de contribuição recíproca. A pedagogia oferecia campo de observação à psicologia e a psicologia ao construir conhecimentos sobre o processo de desenvolvimento infantil, oferecia um importante instrumento para o aprimoramento da prática pedagógica.
Wallon propõe o estudo integrado do desenvolvimento, ou seja, que este abarque os vários funcionais nos quais se distribui a atividade infantil ( afetividade, motricidade, inteligência ). Podemos definir o projeto teórico de Wallon como a elaboração de uma psicogênese da pessoa completa.
Segundo Wallon, para a compreensão do desenvolvimento infantil, não bastam os dados fornecidos pela psicologia genética, é preciso recorrer a dados provenientes de outros campos de conhecimento. Neurologia, psicopatologia, antropologia e a psicologia infantil, foram os campos de comparação privilegiados por Wallon.
Em suas idéias pedagógicas. Wallon propõe que a escola reflita acerca de suas dimensões sócio-políticas e aproprie-se de seu papel no movimento de transformações da sociedade. Propõe uma escola engajada, inserida na sociedade e na cultura, e, ao mesmo tempo, uma escola comprometida com o desenvolvimento dos indivíduos, numa prática que integre a dimensão social e a individual."

domingo, 5 de julho de 2009

FRONT PAGE 2003



MUITO BOM
MUITOOOO BOM
BOM MMM
MUITO BOM...

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Uso dos porquês

Uso dos porquês – Para nunca mais esquecer
Por mais que se saiba usá-los uma revisão sempre é bom:


Por que
Em frases interrogativas.
Ex.: Por que você me deixou esperando todo esse tempo?;Por que você não se habitua a ler jornais.
Em frases afirmativas, desde que no seu emprego esteja subtendida a idéia de motivo, causa, razão, pelo qual, para que.
Ex.: Não sei por que esse aluno é tão rebelde;O deputado explicou por que precisa de mais tempo para apresentar seu relatório;Era o apelido por que (pelo qual) era conhecido;O assessor estava ansioso por que começasse a votação.

Porque
Quando a pergunta é acompanhada de uma hipótese de resposta.
Ex.: Você não veio votar porque é contrário ao projeto?;Essa medida provisória merece prosseguimento na tramitação porque é urgente?.
Quando uma locução introduz uma explicação, um motivo.
Ex.: O deputado disse que votou contra o projeto porque o considerou lesivo aos interesses do país.

Por quê
Quando colocado no final da frase ou antes de pausa, tiver o sentido de motivo, razão pela qual.
Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê;Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê;Ninguém lhe dava atenção. Por quê?.

Porquê
Quando não apenas o sentido, mas é usado em lugar de um desses substantivos (ou seja, é substantivada): motivo, causa, pergunta, e forma, com a preposição por, uma só palavra.
Ex.: Não entendo o porquê da sua revolta;A mãe deixou de fazer o almoço e não explicou o porquê;Há muitos porquês para a queda do edifício.

Fonte: Manual de Redação da Câmara dos Deputados (2004).

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Entradas e Bandeiras (4ª Parte)


"O desejo de explorar o território brasileiro, a busca de pedras e metais preciosos, a preocupação do colonizador português em consolidar seu domínio e a vontade de arrebanhar mão-de-obra indígena para trabalhar nas lavouras resultaram em incursões pelo interior do país, feitas muitas vezes por milhares de homens, em viagens que duravam meses e até anos.


Entradas e bandeiras foram os nomes dados às expedições dos colonizadores que resultaram na posse e conquista definitiva do Brasil. As entradas, em geral de cunho oficial, antecederam as bandeiras, de iniciativa de particulares. Tanto naquelas quanto nestas, era evidente a preocupação do europeu em escravizar o índio, e não foi pequeno o morticínio nas verdadeiras caçadas humanas que então ocorreram, como observa o historiador João Ribeiro.


As bandeiras, fenômeno tipicamente paulista que data do início do século XVII, não extinguiram as entradas e também não foram iniciativa exclusiva dos mamelucos - filhos de portugueses com índias - do planalto de São Paulo. Elas marcam o início de uma consciência nativista e antiportuguesa.


Os documentos dos séculos XVI e XVII chamam os bandeirantes de armador. A palavra bandeira só aparece nos documentos do século XVIII. Para designar toda e qualquer espécie de expedição era comum empregar-se: entrada, jornada, viagem, companhia, descobrimento e, mais raramente, frota. Bandeira é nome paulista e, por isso mesmo, bandeirante tornou-se sinônimo do homem paulista, adquirindo uma conotação heróica, ao juntar no mesmo vocábulo o arrojo e a tenacidade com que se empenharam na conquista do território, na descoberta do ouro e no povoamento de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.


Embora as bandeiras tenham tido três ciclos em sua história -- o da caça ao índio, o do sertanismo e o da mineração -- o bandeirante manteve sempre as suas características, vivendo em condições extremamente difíceis. Seu equipamento quase se reduzia ao gibão de armas, couraça de couro cru, acolchoado de algodão, para amortecer as flechadas dos índios, também chamada de "escupil", além de arcabuzes e mosquetes.


Também levavam machado, enxós, foices, facões e os importantes instrumentos de mineração e apetrechos de pesca. Usavam perneiras de pele de veado ou capivara e andavam quase sempre descalços; quando montados, ostentavam nos pés nus grandes esporas. Entretanto os chefes usavam botas e chapéus de aba larga que ajudaram, ao longo dos tempos, a firmar uma imagem de guerreiro forte e destemido. De modo geral os bandeirantes não levavam provisões, mesmo nas viagens longas. Apenas cabaças de sal, pratos de estanho, cuias, guampas, bruacas e as indispensáveis redes de dormir.


Quando lhes faltavam os peixes dos rios, a caça, as frutas silvestres das matas, o mel, o pinhão e o palmito das roças indígenas, alimentavam-se de carne de cobra, lagartos e sapos ou rãs. Se a água faltava, tentavam encontrá-la nas plantas, mascavam folhas, roíam raízes e, em casos extremos, bebiam o sangue de animais. Esses homens estavam tão identificados com a terra "inóspita e grande" que um documento da época assim os define: "Paulistas embrenhados são mais destros que os mesmos bichos." Quando estavam em viagem, só restava aos bandeirantes dois caminhos: seguir as águas de um rio ou abrir trilhas na selva. Antes de tudo, entrar no sertão exigia muita coragem e capacidade de improvisação. O combate na selva era sempre rude e encarniçado.


O grande número de árvores e arbustos tornava impraticável a luta à distância. As escopetas e os arcabuzes valiam num primeiro momento, mas não havia tempo para recarregá-los. Muitos aprenderam o manejo do arco e flecha que, nesses momentos, tornavam-se muito mais eficientes. Em meio à luta era preciso também ter destreza com o punhal e às vezes valer-se das próprias mãos, no corpo-a-corpo inevitável. As condições eram tão rudes que os homens muitas vezes definhavam entre uma viagem e outra. Lendas e mistérios.


Calcula-se que 300.000 índios foram escravizados até 1641, quando o bandeirantismo de aprisionamento declinou e deu lugar a expedições cada vez maiores em busca de ouro, prata e pedras preciosas. Lendas e mistérios cercavam as expedições, algumas das quais ainda hoje não foram completamente reconstituídas, como a empreendida em 1526 por Aleixo Garcia, que teria alcançado o Peru, saindo da ilha de Santa Catarina.


A expedição de Sebastião Fernandes Tourinho, em 1572, teria descoberto turmalinas verdes na região onde mais tarde seria instalado o Distrito Diamantino. A mais extraordinária de todas as lendas conta que, antes do aparecimento oficial do ouro no Brasil, em fins do século XVII, foram descobertas fabulosas minas de prata na serra de Itabaiana, em Sergipe, por Robério Dias, em 1590.


O feito foi relatado no romance As minas de prata, de José de Alencar, o que contribuiu para divulgar a história. Um dos traços mais característicos do imaginário da época dos descobrimentos era a fusão do desconhecido com o maravilhoso e o fantástico. Contava-se que no Brasil seriam encontradas imensas riquezas e as lendas da serra Esplandecente e da lagoa Dourada, incorporadas ao folclore dos bandeirantes, são expressivas mostras da mentalidade daquele tempo.


Numerosas expedições em busca de ouro e pedras preciosas partiram de vários pontos da costa brasileira. Em 1554, partiu da Bahia a expedição de Francisco Bruza de Espinosa; a essa seguiram-se a de Vasco Rodrigues Caldas (1561), a de Martim de Carvalho (1567), a de Sebastião Fernandes Tourinho (1572), a de Antonio Dias Adorno (1574), a de Sebastião Alvares (1574) e a de Gabriel Soares de Sousa (1592). De Sergipe saiu à expedição de Belchior Dias Moréia e Robério Dias, filho e neto de Caramuru (1590); do Ceará, a de Pero Coelho de Sousa (1594); do Espírito Santo, a de Diogo Martins Cão (1596); e do Maranhão, a malograda expedição de Pero Coelho de Sousa (1603). O apresamento dos índios, objetivo geral desses bandos armados, foi praticado com regularidade no sertão paulista, desde as primeiras entradas de Brás Cubas e Luís Martins em 1560.


Os índios resistiam com valentia e até ferocidade. O padre Anchieta se refere aos tupiniquins com assombro, chamando-os de "brava e carniceira nação, cujas queixadas ainda estão cheias de carne dos portugueses". Mas os colonizadores, aproveitando-se das rivalidades entre as principais tribos, usaram a tática de jogá-las umas contra as outras. Choque com os missionários. A caça ao índio foi implacável. Os que não se submetiam, eram exterminados se não fugissem.


Os bandeirantes paulistas atacavam seguidamente as missões religiosas jesuítas, uma vez que o índio catequizado, vivendo nessas aldeias, era presa fácil. Em 1580, o capitão-mor Jerônimo Leitão trouxe de Guairá, a maior dessas missões, um grande contingente de índios escravizados, a que se seguiram outros.


Todas ou quase todas essas aldeias foram destruídas, a começar pela de Guairá, em 1629, numa expedição que teve entre seus chefes Antônio Raposo Tavares. Segundo o historiador Paulo Prado, essa foi, sem dúvida, "a página negra da história das bandeiras". A destruição sistemática das missões prosseguiu a sudeste de Mato Grosso e ao sul, na direção do Rio Grande, à proporção que os missionários recuavam para as regiões próximas aos rios Uruguai e Paraná, onde conseguiram organizar a resistência, auxiliados pelo governador do Paraguai, D. Pedro de Lugo y Navarra.


Os paulistas foram derrotados em Mbororé em 1641 e com isso o avanço sobre as missões arrefeceu durante algum tempo. Bandeiras paulistas.


Quando os portugueses venceram o obstáculo da serra do Mar, em 1554, São Paulo de Piratininga tornou-se o ponto de irradiação dos caminhos de penetração, ao longo dos rios Tietê e Paraíba, tanto para oeste como para o norte. As primeiras bandeiras foram organizadas pelo governador-geral da capitania de São Vicente, D. Francisco de Sousa, e distinguem-se das entradas, não só por seu cunho oficial mas, principalmente, por suas finalidades, mais pacíficas do que guerreiras.


Exemplos disso foram às bandeiras de André de Leão em 1601 e Nicolau Barreto em 1602. A maioria dos bandeirantes e mesmo de seus chefes era constituída por brasileiros, de sangue europeu ou misturado ao do indígena. Reuniam os filhos varões (acima de 14 anos), parentes, amigos, mateiros, apaniguados e índios escravos para a grande aventura do sertão.


Durante o século XVII os paulistas percorreram o sertão goiano e mato-grossense. Em 1676, Bartolomeu Bueno da Silva entrou, pela primeira vez, em terras de Goiás. Verdadeira epopéia viveu Pedro Teixeira na Amazônia. Partindo de Belém do Pará, subiu o rio Amazonas até Quito, no Equador, retornando pelo mesmo caminho até o ponto de partida, entre 1637 e 1639, depois de fincar a bandeira portuguesa na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, delimitando as terras de Portugal e Espanha, de acordo com a partilha determinada pelo Tratado de Tordesilhas. Esse é o começo do desbravamento da região amazônica. De todos os feitos, o mais notável, sem dúvida, é o de Antônio Raposo Tavares, português nato, que ao começar sua última aventura, em 1648, tinha cinqüenta anos de idade.


Partiu à frente de uma bandeira de mais de 200 paulistas e mil índios, realizando uma das maiores jornadas de que há notícia na história universal. Raposo Tavares se internou pelo Paraguai, em 1648, percorreu grande parte da região amazônica e ressurgiu em Gurupá, na foz do Amazonas, em 1652. Descoberta do ouro.


Fernão Dias Pais comandou a mais importante das bandeiras em busca de ouro. Rico e descendente de tradicional família paulista, empregou nessa empreitada toda a sua fortuna, à época a maior de São Paulo. Auxiliado pelo genro Manuel de Borba Gato e pelo filho Garcia Rodrigues Pais, explorou uma grande área da região centro-sul do país, das cabeceiras do rio das Velhas, no sertão de Sabarabuçu, até Serro Frio, ao norte.


Durante sete anos, entre 1674 e 1681, Fernão Dias percorreu a região e com sua bandeira nasceram os primeiros arraiais mineiros. Aos 73 anos, sem ter encontrado o ouro e acometido pela febre que já matara muitos de seus homens, o velho bandeirante morreu a caminho do arraial do Sumidouro. Borba Gato e Garcia Pais fixaram-se em Minas Gerais, que continuava a atrair bandeirantes, como Antônio Rodrigues Arzão, em 1693, e Bartolomeu Bueno de Siqueira, em 1698.


O ouro finalmente foi descoberto, no mesmo ano, pelo paulista Antônio Dias de Oliveira. Teve então início a corrida dos reinóis. Depois da chamada guerra dos emboabas, as expedições mudaram de rota, na direção de Mato Grosso e Goiás. Iniciou-se um novo período de bandeirismo: o das monções, expedições de caráter mais comercial e colonizador, em canoas, através do rio Tietê, de Araritaguaba até Cuiabá.


Os bandeirantes muitas vezes tinham de carregar as embarcações nos ombros e margear os rios, para evitar as numerosas cachoeiras.


Entre as monções, encerrando o ciclo das entradas e bandeiras, destacou-se a de Bartolomeu Bueno da Silva, o segundo Anhangüera, que saiu de São Paulo em 1722, comandando 152 homens, à procura da serra dos Martírios, onde segundo a lenda a natureza esculpira em cristais a coroa, a lança e os cravos da paixão de Jesus Cristo. Depois de três anos de procura, o sertanista localizou ouro, a quatro léguas da atual cidade de Goiás."


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Entradas e Bandeiras (3ª Parte)

A história do Brasil conhece dois bandeirantes com o nome de Bartolomeu Bueno da Silva: pai e filho.
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Bartolomeu Bueno da Silva (pai), o Anhangüera, nascido e morto em datas incertas, faz parte daqueles primeiros bandeirantes que, movidos pelas dificuldades econômicas, pelo tino sertanista e pelo espírito de aventura, partiram de São Paulo - aproveitando-se, inclusive, da localização geográfica da vila, que se assentava num centro de circulação fluvial e terrestre - para desbravar o interior do Brasil.
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Desde os primeiros tempos da colonização foram constantes as arremetidas rumo ao sertão. Primeiro, numa espécie de bandeirismo defensivo, que visava garantir a expansão e a posse da terra, e que prepararia a expansão paulista do século 17, o grande século das bandeiras, aquele em que se iniciaria o bandeirismo ofensivo propriamente dito, cujo propósito era, em grande parte, o lucro imediato proporcionado pela caça ao índio. Da vila de São Paulo, especialmente, partiam as bandeiras de apresamento chefiadas por Antônio Raposo Tavares, Manuel Preto, André Fernandes, entre outros.
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O apogeu do apresamento ocorreu entre 1628 e 1641, quando os paulistas resolveram arremeter contra as reduções jesuíticas espanholas, em volta das quais se agregavam centenas de indígenas sob proteção missionária.
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As investidas sucederam-se desde que Manuel Pinto e Antônio Raposo Tavares iniciaram os ataques à região do Guairá (1628), destruindo as reduções, capturando os índios e expulsando os jesuítas para a margem ocidental do rio Paraná. Depois vieram muitos outros, incluindo Bartolomeu Bueno da Silva (pai).
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Gradativamente, esses sertanistas passariam do bandeirismo de apresamento para o bandeirismo minerador, em busca de minas de ouro. É nessa época que se encontra a principal bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva. Em 1682, sua expedição partiu de São Paulo e atravessou o território do atual Estado de Goiás, seguindo até o rio Araguaia. Ao retornar desse rio, à procura do curso do rio Vermelho, encontrou uma aldeia indígena do povo Goiá. Diz a lenda que as índias estavam ricamente adornadas com chapas de ouro e, como se recusassem a indicar a procedência do metal, Bartolomeu Bueno da Silva pôs fogo a uma tigela contendo aguardente, afirmando que, se não informassem o local de onde retiravam o ouro, lançaria fogo em todos os rios e fontes. Admirados, os índios informaram o local e o apelidaram de Anhangüera (em tupi, añã'gwea), diabo velho.
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Essa bandeira deu origem à lenda das minas da serra dos Martírios, buscada por vários sertanistas, e que, segundo fontes da época, "tinha por obra da natureza uma semelhança da coroa, lança e cravos da paixão de Jesus Cristo" esculpidos em ouro e cristais.
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Ainda segundo a lenda, seu filho, Bartolomeu Bueno do Silva, à época ainda um menino, o acompanhava nessa bandeira.
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Bartolomeu Bueno da Silva (filho), o segundo Anhangüera, nasceu em Parnaíba, São Paulo, em 1672 e faleceu em 19 de setembro de 1740 na vila de Goiás, em Goiás.
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Em 1701, atraído pelos descobrimentos de ouro na região de Minas Gerais, o segundo Anhangüera estabeleceu-se em Sabará e, mais tarde, em São João do Pará e em Pitangui, onde foi nomeado assistente do distrito. Os conflitos entre emboabas e mineradores de São Paulo e os levantes ocorridos em Pitangui, encabeçados por seu genro Domingos Rodrigues do Prado, levaram-no a voltar para a capitania de São Paulo e a se fixar em Parnaíba.
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Em 1720 dirigiu uma representação a Dom João 5º, pedindo licença para voltar às terras de Goiás, onde seu pai encontrara amostras de ouro. Em troca, solicitava do soberano o direito de cobrar taxas sobre as passagens de rios.Em 1722, sob seu comando, a bandeira seguiu para Goiás, juntamente com numerosa parentela do sertanista, que, durante quase três anos explorou os sertões goianos em busca da lendária serra dos Martírios.
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Em 1725 conseguiu encontrar ouro no rio Vermelho, próximo à antiga capital de Goiás. Voltou à região no ano seguinte, quando, na qualidade de capitão-mor regente das minas, fundou o arraial de Santana, elevado em 1739 à categoria de vila como Vila Boa de Goiás, atualmente cidade de Goiás, conhecida como Goiás Velho. Além do referido cargo, Dom João 5º concedeu-lhe sesmarias e a cobrança de direitos sobre a passagem de rios que conduziam às minas goianas.
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No entanto, a pretexto de que o Anhangüera havia sonegado as rendas reais, o direito de passagem lhe foi retirado em 1733. Na medida em que se organizava a administração estatal de Goiás, a autoridade do sertanista ia sendo limitada pelos delegados régios. Ao falecer, em 1740, Bartolomeu Bueno da Silva estava pobre e reduzido a um exercício de mando quase decorativo.
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Na antiga capital de Goiás ainda existe a cruz do Anhangüera, por ele levantada em 1722, e que perpetua a memória do início da colonização do território goiano.
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Fontes:
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- Francisco de Assis Carvalho Franco, "Dicionários de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos 16, 17 e 18".
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- Enciclopédia Mirador Internacional.
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terça-feira, 9 de junho de 2009

Entradas e Bandeiras (2ª Parte)

No Brasil, no século XVII, alguns homens valentes se introduziram no sertão, movidos pelo desejo de encontrar jazidas de metais preciosos e outras riquezas e, ainda, aprisionar selvagens, a fim de vendê-los como escravos aos colonizadores. Arriscavam-se muitíssimo, e algumas vezes foram massacrados por índios ferozes. Levavam provisões de mandioca, mi­lho, feijão, carne seca e pólvora, bem como redes, onde dormiam. Faziam-se acompanhar dos filhos maiores de 14 anos, de escravos e alguns homens do povoado, que também ambicionavam riquezas. Não raro, ficavam longos períodos afastados da família, alguns deles nem mesmo regressando, vítimas de febres ou picadas de cobras, quando não de flechas indígenas.
Todavia, apesar do objetivo não muito elevado de sua missão, que foi bastante combatido pelos jesuítas, prestaram grande serviço ao Brasil, pois dilataram-lhe as fronteiras, conquistando terras que pertenciam à Espanha, como Goiás, Mato Grosso, grande parte de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Entravam pelas selvas em geral seguindo o curso dos rios ou as trilhas dos índios: daí o nome «entradas». A denominação «bandeiras» ê aplicada à entrada empreendida pelos desbravadores saídos de São Paulo, os que mais se dedicaram a essas expedições. Diz-se que o nome vem do fato de os desbravadores le­varem uma bandeira à frente do grupo; outros crêem ser devido ao hábito dos paulistas de provocarem guerras entre os indígenas com o fito de enfraquecê-los, para mais facilmente conseguirem escravizá-los, o que eles próprios classificava como «levantar bandeira».
Vestiam-se com camisa e calça de algodão, chapéu de abas largas; alguns usavam botas de cano alto e outros, a exemplo dos índios, iam descalços, apenas envolvendo as pernas em perneiras de couro. Protegiam o peito de possíveis flechadas com uma espécie de gibão de couro, acolchoado com algodão.
As bandeiras atravessaram o Brasil em todos os sentidos, chegando, como a de António Raposo Tavares, até o Amazonas, tendo partido de São Paulo. As mais importantes foram as de Fernão Dias Pais e seu genro Borba Gato, que exploraram a região de Minas Gerais, fundando inúmeros povoados, bem como a de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, que encontrou ouro perto de Goiás.
Segundo a tradição, para conseguir dos Índios a revelação do exato local onde se achava o ouro cobiçado, Bueno usou de um estratagema: ateou fogo a um pouco de álcool que transportava em um recipiente, ameaçando-os de fazer o mesmo com os rios e fontes, caso se negassem a revelar o que lhes pedia.
Os indígenas atenderam-no, atemorizados, e apelidaram-no de Anhanguera, que significa em tupi «diabo velho» ou «espírito mau».

domingo, 31 de maio de 2009

Entradas e Bandeiras (1ª Parte)

ENTRADAS E BANDEIRAS


Expedições de desbravamento no interior do Brasil na época da colônia. Organizadas com maior freqüência no século XVII, seus principais objetivos são o reconhecimento territorial, a captação de mão-de-obra indígena, a submissão ou eliminação de tribos hostis e a procura de metais preciosos.
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As ENTRADAS tem seu centro principal de propagação no litoral nordestino, saindo da Bahia e de Pernambuco para o interior em missão geralmente oficial de mapeamento do território. Também combatem os grupos indígenas que ameaçam ou impedem o avanço da colonização, como os caetés, os potiguares, os cariris, os aimorés e os tupinambás. A atuação das entradas estende-se do Nordeste à Amazônia e ao Centro-Oeste, abrangendo ainda áreas próximas do Rio de Janeiro.
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As BANDEIRAS, em sua maioria, saem de São Vicente e de São Paulo para o Sul, Centro-Oeste e região mineira. São quase sempre expedições organizadas por paulistas e formadas por familiares, agregados, brancos pobres e muitos mamelucos que têm como meta atacar as missões jesuíticas e trazer índios cativos ou ir em busca de minas de ouro e pedras preciosas. Entre as principais bandeiras destacam-se as de Antônio Raposo Tavares, Fernão Dias Pais Leme, Bartolomeu Bueno da Silva e Domingos Jorge Velho.
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domingo, 10 de maio de 2009

origem do Dia das Mães

"A origem do Dia das Mães  
Por Daniela Bertocchi Seawright


A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. 

O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo. 

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República". 

Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. 

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração. 

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. 

"Não criei o dia das mães para ter lucro" 

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso. 

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe. 

Cravos: símbolo da maternidade 

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados. 

No Brasil 

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica."

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