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sábado, 15 de dezembro de 2007

Escola do Futuro: Um Caminho a Seguir...




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Mesmo sabendo, que o problema da educação no Brasil é prioritariamente político e social, que por trás disto, está o desafio da democratização da educação e do acesso à qualidade de vida de todas as crianças, nós continuamos tentando formar nossos alunos como se ainda estivéssemos no século passado. Ensinando fatos e cobrando sua memorização, esquecendo o papel da escola: o de aprender a aprender. Continuamos enfrentando um dilema cada vez mais difícil, o de escolher e/ou estar preparado para escolher um caminho. O caminho de buscar alternativas modernas ou um ensino tradicional, disciplinador? O que pode ser feito em prol de nossos alunos? Diante destes embates, objetivamos não apenas mostrar argumentos em defesa da Escola do Futuro, mas sim, levantar mais questões para uma possível “mudança” na prática pedagógica de todos nós, educadores.

Podemos seguir o caminho de utilizar procedimentos temporários da educação para o presente, que leva o sujeito a conformar-se com as normas, devido às manipulações feitas pelos adultos, como o poder da autoridade, o uso de recompensas e de punições (de que adianta a disciplina através de alguma forma de coação, se chegará um momento onde nossas recompensas não terão mais valor algum, para aqueles que fomos encarregados de tentar disciplinar?). Existem muitas escolas no Brasil, que ao mesmo tempo em que se discursa sobre a autonomia e respeito, ensina-se na prática que o certo é obedecer, não questionar, submeter-se. (às essas escolas cabe um momento de reflexão...)

Ou seguiremos o caminho de conhecer bem como nosso aluno desenvolve-se e aprende para que realmente o auxilie nesse processo, adequando o ambiente escolar de forma a respeitar essas características, visando à formação de pessoas autônomas, onde a apropriação das normas seja por meio da reflexão, discussão e ação, permitindo à criança perceber as conseqüências naturais decorrentes de suas atitudes, Ou seja, colocar a autonomia como objetivo da educação, implica na reformulação da atuação pedagógica do educador necessariamente.

A interdisciplinaridade, tão falada, mas tão pouco praticada, não apenas leva à formação mais completa do estudante e do cidadão, preparando-o para interagir com as informações esparsas e construir seu conhecimento, como também permite uma compreensão mais profunda das próprias questões especializadas.
A escola tem que construir um ambiente propício para que a criança experimente situações que a levem a construir seus valores morais, situações de respeito mútuo, de justiça, de cooperação, de tomada de decisões, de assumir responsabilidades, de reflexão, de resolução de problemas, para que, aos poucos, a respectiva criança vá autodisciplinando, regulando seu próprio comportamento, e não simplesmente obedecendo exteriormente. “A única coisa que realmente importa são os alunos. Os alunos são os construtores. E se eles constroem, eles o fazem movidos pelo impulso mais profundo da alma humana, que é o impulso para o prazer e para a alegria. Os saberes têm de estar a serviço da felicidade“. Ressalta Paulo Freire. Como exemplo pode citar: a Escola do Futuro. Escola essa que tem o seu Projeto Pedagógico da baseado no tripé cristianismo, bilingüismo e excelência. A seleção do corpo docente, do material didático, das atividades e programações tem como base os três aspectos acima citados, e ainda tem como princípio trabalhar com a Biodiversidade, Humanização, Ética, Desenvolvimento Sustentável e Tecnologia.

Na Escola do Futuro o papel professor, que vai além de apenas transmitir conhecimentos. Ele orienta e motiva os alunos. Fato que exige do docente uma boa dose de flexibilidade e abertura, pois para acompanhar estas mudanças, ele precisa fazer uma releitura dos procedimentos dia a dia e dos novos recursos, que serão dominados passo a passo, numa atitude predisposta para uma transformação positiva.

A Escola do Futuro é um laboratório interdisciplinar que investiga como as novas tecnologias de comunicação podem melhorar o aprendizado em todos os seus níveis. Lá o professor estimula a organização de projetos para que o estudante desenvolva habilidades. O objetivo é que ele identifique problemas, pesquise, tome decisões e se comunique com eficácia. A necessidade de uma educação ambiental que seja interligada com a comunidade da qual faz parte.

Queremos deixar claro que o desafio dos novos docentes é fazer com os estudantes ganhem autonomia para usar os recursos que estão lentamente vindo para as escolas, muitos especialistas em educação acreditam que o interesse pela escola se restabelecerá quando os professores deixarem de apenas transmitir conteúdos e orientarem os alunos para que descubram o conhecimento por si próprios. “Não precisamos mais de um professor que copia, que repete, que é um papagaio, porque a parabólica e o DVD já fazem isso” - diz Pedro Demo. Só com educadores assim preparados, é que os alunos participarão democraticamente da vida escolar de forma mais efetiva, em uma educação para ser gente. Para querer para si e para os outros, uma vida melhor e mais justa.
Esta é a dimensão do Aprender a Aprender. A escola tem que preparar seus alunos para esta realidade, eles terão que aprender a aprender, e aprender a fazê-lo com autonomia. A Escola Tradicional não desenvolve capacidade da autonomia, pois é uma capacidade temida pela cultura, pois adaptação é também inovação e inovação põe em risco os modos de ser e de viver em comunidade. (mas isso, já é um outro fator que “emperra” a educação no Brasil, não menos polêmico...)

Mediante as questões levantadas, sugerimos novamente uma reflexão sobre assunto aqui tratado.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O que pensa Jussara Hoffman?



"ENSINO:
Nota zero para as provas
A pesquisadora Jussara Hoffmann discorda do sistema tradicional de avaliação utilizado nas escolas e sugere outros caminhos...
Zezinho tirou seis na prova e precisa melhorar. A Marcinha tirou nove e foi muito bem. O Paulinho está de parabéns: tirou 10. Quem passou pelos bancos escolares conhece bem esse velho discurso que sempre é feito pelo professor quando vai divulgar o resultado das avaliações para seus alunos. As notas são dadas como numa classificação e cada aluno é julgado de acordo com o desempenho no teste. O tempo passou, o mundo se transformou e a escola, que sente as mudanças lentamente, não ficou diferente. Quando a matéria são as práticas avaliativas, a pesquisadora gaúcha, Jussara Hoffmann, dá nota zero para o atual modelo e propõe um jeito diferenciado de avaliar o processo de aprendizagem que se dá em sala.
Batizado de avaliação mediadora, os estudos da pesquisadora nem são tão novos assim Jussara já trabalha com essa perspectiva há 25 anos e foram reafirmados por ela, na última semana, durante uma palestra realizada para estudantes de Pedagogia da Universidade Norte do Paraná (Unopar). No mundo, eles são ainda mais antigos datam do início da década de 1970 , estão assentados nas teorias de intelectuais como Jean Piaget e L.S. Vigotski e têm por referência o papel do professor no processo avaliativo. ''Esse modelo pretende enfatizar a importância da intervenção da avaliação como uma intervenção pedagógica no acompanhamento do aluno. A avaliação classificatória (tradicional) tende muito mais a um julgamento do desempenho do estudante.
O professor ainda se sente muito no compromisso de, ao avaliar o aluno, responder para a sociedade, para escola, para os pais, para o próprio aluno e para ele próprio, se o aluno aprende ou não aprende'', observa Jussara. Arquivo Folha/14/03/2004
Dentro de um novo modelo, o papel do professor é ampliar as estratégias para apreensão do conteúdoJussara Hoffmann:‘‘É preciso investigar de que jeitos os alunos aprendem e que outras formas existiriam para ensiná-los’’
Já essa outra forma de avaliação preocupa-se não em descobrir se o aluno aprendeu ou não, pois essa é uma discussão encerrada uma vez que todos os alunos aprendem sempre e muitas coisas. A avaliação mediadora ultrapassa esse limite e investiga questões outras bem mais fundamentais para a educação: ''é preciso investigar de que jeitos os alunos aprendem, em que tempos aprendem, com que outras pessoas aprendem, que outras formas existiriam para ensiná-los''. ''Este é o mister, a função, do processo avaliativo na escola'', ensina a pesquisadora.
O papel do professor, nessa perspectiva, é o de promover novas estratégias, possibilidades e alternativas pedagógicas para ampliar as possibilidades de apreensão do conteúdo. As avaliações passam a ser usadas não para classificar em ordem decrescente os alunos mas a interpretação do conjunto de respostas dadas serve para o educador replanejar, interativamente, suas ações pedagógicas para possibitar que toda a classe evolua. ''Mediação é desafio, é diálogo de pensamento, é pensar como o aluno pensa e provocá-lo no sentido de desafios significativos'', aponta Jussara.
O caminho das pedras pressupõe analisar a avaliação sob três aspectos principais que são: análise epistemológica, ou seja, como se dá a aprendizagem de uma dada noção, em que medida o aluno está compreendendo tal noção e como fazer para facilitar a compreensão; análise didática que consiste em definir se as estratégias e recursos utilizados foram adequados à classe, à estrutura da escola e ao tempo disponível; análise relacional que se presta a apurar se o professor se relaciona bem com os alunos, se seus alunos também têm um bom relacionamento entre si e se todos estão bem adaptados à escola.
Mas por que essa orientação já não é regra nas escolas brasileiras?
Na avaliação da pesquisadora a avaliação mediadora não foi absorvida porque a educação é, por natureza, a mais conservadora entre todas as ciências. ''Ela traz essa cultura da tradição, do saber histórico e o professor ainda está muito preso à sabedoria, às suas certezas. A própria sociedade cobra isso dele'', assinala Jussara. Além disso, continua a educadora, a sociedade nutre uma ansiedade em relação às futuras gerações e vê na educação a saída para suas crises. E o resultado é que as famílias tendem a reproduzir e valorizar o modelo que tiveram. ''O pai tende a querer reproduzir em relação a seu filho a escola que teve. Ele vai querer que o filho seja o modelo do que foi. E com isso, a educação está sempre uns trinta anos defasada de toda e qualquer transformação'', conclui. "

Luciano Augusto - Reportagem Local - Folha de Londrina Unopar na Mídia

domingo, 2 de dezembro de 2007

10 Passos... Desenvolvimento Tecnológico...

10 Passos para um eficaz desenvolvimento tecnológico de uma equipe de professores ou de profissionais do ensino.
Por, Barbara Bray para a Fundação George Lucas – CA – EUA) – Dezembro 1999

Como formar de modo adequado uma equipe de profissionais de tecnologia e professores, tem sido um grande problema para as Instituições. Analise essa abordagem.


INTRODUÇÃO:
Como fazer para desenvolver um plano para o uso da tecnologia se os professores não sabem o que eles não sabem?
Um plano para desenvolver uma equipe e que envolva uma variedade de oportunidades de atualização profissional baseados em planos de aprendizagem individuais, é mais apropriado para ser aplicado a professores, apenas se eles tiverem convicção que vão levar o que aprenderam para as salas de aula. Elabore um plano onde todos os chefes de equipe contribuam com sugestões. Ao sentir que são ouvidos, eles se sentirão proprietários do plano e vão se empenhar em sua implementação. Será preciso levar em conta os diferentes modos de aprendizagem de adultos e estudantes. Adultos, baseados em suas experiências ou pontos de vista, já podem saber o que é e o que não adequado dependendo da situação que se apresente.
Qualquer uso de tecnologia será relevante no planejamento e desenvolvimento escolar.

MÃOS À OBRA:
A lista a seguir, inclui 10 estratégias para fazer o desenvolvimento profissional em sua escola expressivo ou mesmo específico, de modo a atender a todas as necessidades do seu quadro técnico e de alunos.
1.Determine um sub-comitê para desenvolvimento da equipe como parte do comitê tecnológico da escola, com representantes de todos os departamentos, coordenadores de turmas, administração, consultores externos, técnicos, pessoal do escritório e estudantes.
2.Apresente alguns exemplos de como a tecnologia pode ser usada na sala de aula. Peça sugestões ao seu pessoal. Utilize um formulário em aberto, para lhes perguntar sobre suas necessidades, problemas, medos, objetivos e sobre o que eles querem aprender, e sonhos e projetos para os seus alunos envolvendo tecnologia. Forme pequenos grupos onde eles vejam onde estão agora e onde vão estar no futuro. Registre os resultados em mapas demonstrativos, e disponibilize estes resultados para que todos possam usa-lo como referencia.
3.Use um instrumento de avaliação de necessidades que acompanhe o padrão do ensino tecnológico, e que possa identificar o nível de bem estar e postura ante a tecnologia, uso básico de tecnologia, e nível de integração. Utilize este instrumento para determinar o nível tecnológico que cada professor emprega. Eles devem escolher de três a cinco áreas onde gostariam de melhorar o desempenho até o fim do ano letivo. Como parte das necessidades de avaliação, você pode solicitar que os professores criem um histórico sobre suas experiências com o uso da tecnologia; em que ponto eles estão agora, onde vão querer estar, e o que eles precisam aprender para chegar lá. Muitas vezes os professores não sabem o que eles precisam aprender, assim, este passo precisa ser repetido por todo ano.
4.Elabore planos de aprendizagem individual (PAI), a partir das bases de dados compiladas cada membro da equipe. Por exemplo, se professores escrevem no seu histórico que se sentem confortáveis diante da tecnologia, mas desconfortáveis na elaboração de gráficos demonstrativos, diga-lhes para criar um projeto ou exemplo real, que possa ser usado em sua classe, como parte de uma oficina (Workshop) sobre a importância dos gráficos. O PAI, pode ser uma base de dados com exemplos de sugestões que indiquem todas as oportunidades de aprendizagem disponíveis. Cada professor pode acessar o banco de dados, adicionar material a ele, arquivar um estudo ou mesmo seu diário, e colocar qualquer outro projeto que queria compartilhar com os outros.
5.Identifique os líderes de suas áreas que possam fornecer conhecimento especializado. Ofereça gratificações por tempo de planejamento e qualquer treinamento que eles possam dar após o expediente. Forneça recursos, tais como, tecnologia para pesquisa e desenvolvimento de cursos que eles elaborem (Workshops). Tenha em mente que para cada hora de um Workshop, são necessárias mais de duas horas de planejamento. Não esqueça de oferecer cursos de atualização avançados para o crescimento profissional desse pessoal. Você pode mesmo identificar alguns estudantes ou parceiros comerciais para participar de sua equipe principal. Você poderá nunca ficar sabendo os tipos de especialistas disponíveis dentre seus funcionários, professores e alunos, se não lhes perguntar.
6.Crie uma lista de oportunidades de aprendizado local, com planos, objetivos e resultados. Realize reuniões de colaboração pelo menos uma vez por semana, onde seus instrutores possam oferecer cursos e instrução. Também, considere horas livres, para o auto desenvolvimento da equipe, tais como; nivelamento profissional, modelagem das aulas, instrução do grupo, participação em grupos de estudo, acompanhamento de outros professores, desenvolvimento curricular, sessões de "Just-in-Time", e previsão de recursos curriculares.
7.Compartilhe uma lista de oportunidades de aprendizagem fora do local de trabalho. Cubra gastos com conferências, Workshops, e providencie substitutos para visitas fora da escola. Outras oportunidades incluem, auxílio leitura e escrita, projetos de pesquisa, qualificação universitária, assinaturas de jornais, acesso a Internet e eMail (correio eletrônico), aprendizagem a distância e vídeo conferência, empréstimos a juros zero para compra de computadores, e vídeos, e software e computadores portáteis para trabalhos de campo.
8.Defina como parte do PAI, um tempo para o nivelamento das turmas, ou reuniões de departamentos, para planejar e fazer avaliações entre o padrão e a tecnologia, desenvolver atividades, projetos e aulas que incluam tecnologia, gerenciamento das estratégias para sala de aula, e instrumentos que permitam avaliar o grau de assimilação e entendimento do estudante. Inclua tempo para debates, exposições e desenvolvimento de materiais. Adicione tempo remunerado nas férias, para as equipes de professores trabalharem em conjunto e desenvolverem projetos curriculares.
9.Nos encontros das equipes, compartilhe os sucessos assim como também os objetivos e expectativas não alcançadas. Divulgue e exalte os projetos bem sucedidos nos Newsletters da escola, notas nos jornais locais, faxes aos pais, no Web site da escola, nas reuniões de pais e do conselho, em vídeo que pode ser consultado em videotecas locais, e até mesmo nas estações de TV a cabo locais.
10.Continue com o planejamento de metas e reavaliando onde você está no momento e onde vai desejar estar. Após iniciar usando tecnologia, as necessidades mudam. Reveja e atualize os PAIS (Planos de Aprendizagem) na base fundamental. Mande os professores criarem portfólios de seus trabalhos e inclua exemplos de trabalhos dos alunos para difusão. Pergunte aos estudantes o que eles estão achando do uso da tecnologia e de que modo isto tem influenciado no seu aprendizado.
Esta é uma empreitada que requer tempo e dinheiro, mas, se você planejar com vontade e usar estas estratégias como uma equipe, isto vai criar um sentimento de "Nós podemos fazer isto!" tantas vezes quantas forem preciso, e sempre.



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