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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Folclore Brasileiro



FOLCLORE: Palavra de origem Inglesa
FOLCK= POVO
LORE = CIÊNCIA
Logo = Ciência do povo


No folclore, entreve-se as raízes de um povo. É o conjunto de tradições, conhecimentos e crenças populares expressas em provérbios, costumes, lendas, festas, canções e danças. etc....
Considera-se fato folclórico toda maneira de sentir, pensar e agir que constitui uma expressão de experiência peculiar de vida de uma coletividade humana integrada numa sociedade civilizada. No Brasil em cada lugar, o povo canta, dança, e contam as suas histórias que remontam de um passado glorioso. Existem os mitos, as lendas, as festas, as músicas e as danças folclóricas.


MITOS E LENDAS
São histórias antigas que o povo conta, mas que não são reais, isto é, não existem verdadeiramente estes personagens. Existem somente como histórias.

SACI
Assim é a sua história: Um negrinho de uma perna só, capuz vermelho na cabeça, e que segundo alguns, usa um cachimbo. Não é maldoso. Só gosta de fazer travessuras, como por exemplo, dar nó no abo dos cavalos. É muito popular em todas as regiões do Brasil, onda o caipira muitas vezes o invoca para encontrar objetos ou animais perdidos.

MÃE DÁGUA OU IARA
Crendice popular de todas as regiões brasileiras.
No sul habita as lagoas tranqüilas, mas atrai os pescadores para seus domínios, Aparece nas águas como uma flor que canta e aos poucos se vai tornando uma bela moça, que enfeitiça com sua voz e sua beleza.

NEGRINHO DO PASTOREIO
Lenda popular do Rio Grande do Sul. É a estória do pobre negrinho escravo, sacrificado pelo seu malvado senhor, porque não encontrou um petiço, (cavalinho) que se desgarrara da manada. Depois de açoitado, foi abandonado e no dia seguinte achado ao lado de Nossa Senhora que o levou para o céu. É invocado pelos campeiros, para auxilio, na busca de animais perdidos.


A COBRA GRANDE
A lenda do indiozinho que a noite era curumim (criança indígena) e ficava com a mãe. Durante o dia sumia no mato e se transformava em grande cobra. Cresceu como belo moço durante a noite e durante o dia transformava-se em monstruosa serpente. Foi salvo por um seu amigo, que escondido à margem do Tocantins, atacou a serpente com um golpe na cabeça e algumas gotas de leite de mulher, também na cabeça.
O encanto se desfez.
A cobra desapareceu e no seu lugar, surgiu o belo índio, que nunca mais voltou a ser serpente.


O UIRAPURU
Lenda do pássaro da voz mais melodiosa da mata. Conta à história que um belo índio, disputado por todas as jovens da tribo, foi morto por seu rival. Mas como que por encanto, o corpo desapareceu transformado num pássaro invisível. Desse dia em diante, apaixonado e saudoso as índias ouviam apenas um canto maravilhoso, povoando de harmonias os ermos da floresta, mas que se afastava sempre que elas o perseguiam. Era o belo índio que haviam perdido para sempre, encantado no pássaro da voz mais melodiosa da mata. Era o Uirapuru.


COMO SURGIU A NOITE
Outra lenda indígena.
Conta-se que no principio a noite estava escondida no fundo das águas. Era sempre dia.
A filha do cacique, queria se casar, mas como festejar o casamento, iluminando a floresta com fogueiras se o sol brilhava sempre? É só mandar buscar a (noite) no fundo do rio.
O noivo chamou três índios e ordenou: Tragam do rio, um caroço de tucumã Tragam com cuidado. Se o abrirem, muita coisa pode acontecer.
Mas a curiosidade foi maior. Derreteram o breu que fechava o coco e tudo escureceu subitamente Soltaram a noite. A festa do casamento foi bonita. Cheia de fogueiras.
Mas lá pelas tantas, a noiva viu a estrela dálva, e resolveu fazer a madrugada. Separou a noite do dia. Depois enrolou uns fios e disse: Serás o pássaro cujubim. Pintou-lhe a cabeça de branco com tabatinaga, as penas de vermelho uruçu e mandou: Cante sempre ao raiar do dia.
Fez outro novelinho e polvilhou-o com cinzas e ordenou desta vez: Serás o pássaro inambu e cantaras durante a noite. E os três desobedientes, ao chegar tiveram o seu castigo. Transformaram-se em macacos, e pior ainda, ficaram com a cara preta, pois o breu derretido sujou os três quando abriram o coco de tucomã.
Existem muitas lendas, mas escolhemos estas para contar.



FESTAS, MÚSICA, CANÇA, COSTUMES, PROVÉRBIOS, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ARTESANATO EM DIVERSAS REIÕES BRASILEIRAS.




O nosso folclore tem sua origem nas raízes de três raças. O índio, o negro, e o português. Em cada região de nosso imenso país existe uma tradição e, por conseguinte, uma maneira de expressão, seja nos costumes ou nas artes. É a ciência do povo, (folclore).
E a "voz do povo, é a voz de Deus".
O nosso país tem a forma de um grande coração, onde habita um povo generoso. No dizer de Humberto de Campos, o Brasil é o Coração do mundo, Pátria do Evangelho.
Existem inúmeras festas com danças típicas, entre elas a festa do Divino, trazida pelos portugueses.
Caruru a mais antiga e brasileira de todas as danças populares.
Dança de São Gonçalo, também trazida pelos portugueses.


Gongada, bailado dramático, de criação Jesuítica, que aproveitava o gosto que os escravos tinham pela dança, para difundir e propagar os princípios religiosos, afastando os negros de sua prática pagã.
Moçambique, Caípó, Terno de Zabumba, Reisado, Guerreiro, Maracatu.


Mas as festas juninas, trazidas pelos portugueses, alcançaram maior brilho em todo o Brasil.
Festejando Santo Antônio, São João e São Pedro.
Juntamente com as festas juninas, veio o Leilão de prendas.
Em muitas cidades, a festa tem caráter oficial e conta com a colaboração das autoridades municipais. É escolhido por sorteio uma personalidade, de alto conceito na comunidade.

Há um deslumbrante foguetório, atração máxima da festa. No largo da Igreja, ponto da comunicação popular, existem as barraquinhas das prendas que vai desde os frangos assados, doces, frutas, bolos, artigos de artesanatos, até caixinhas de surpresas. O leiloeiro figura central é indispensável, pois diverte os circunstantes com sua arenga pitoresca, entremeada de ditos chistosos, mantendo o maior lucro possível em benefício da Igreja e suas obras de assistência.


TIRANA
Festejada dança do Rio Grande do Sul. Há grande variedade de Tiranas que se dança com batidas de palmas e de pés, esporas e troca de pares, numa coreografia harmoniosa e vistosa, ao som de violas e acordeões.

VILÃO DO LENÇO
Tipo de dança encontrada em São Paulo e Goivas, originária de Portugal. Vilão, significa,o habitante da vila. É dança de salão, acompanhada de violas, executada em duas fileira de pares que se defrontam, formando um arco, segurando lenços esticados.

CATERETÊ
Também chamada CATIRA, segundo alguns de origem indígena derivada do Tupi (Cateram-etê) Conta-se que o padre Anchieta, teria aproveitado uma dança indígena- o CATERETÊ Para o seu trabalho de catequizar os curumins. Muito apreciada na zona rural...

BUMBA MEU BOI
O Boi- Bumba é um folguedo popular no Norte e Nordeste do ciclo do Natal, mas que também se apresenta no Carnaval. Não tem coreografia própria e a dança se executa de acordo com as circunstâncias, ao ritmo da batucada. A figura central é o Boi de papelão colorido e ricamente vestido conduzido por um folião, ao redor do qual se desenvolve a dança.

INSTRUMENTOS MUSICAIS
De origem Indígena, Africana e Portuguesa. Os instrumentos musicais, principalmente os de percussão e ritmos são confeccionados pelos próprios sertanejos. Notável é o Pife flauta de taquara, de sete furos, que alguns nordestinos manejam com maestria. A viola descende da guitarra portuguesa. Pandeiro Atabaque, Tambor, Tamborim, Zabumba, Ganzá, Cuíca, Agogô, Reco- reco, Berimbau.

ARTESANATO
Em muitas regiões do nordeste. No centro e no Sul, Há confecção de cerâmica utilitária. O que se constitui em uma industria caseira. São as mulheres que colaboram na despesa do lar, ajudando o marido que se ocupa dos trabalhos da lavoura. Usam a técnica primária dos índios, levantando as peças de barro com as mãos, até formar os potes, moringas, vasos e panelas estatuetas que são queimadas no forno. As cerâmicas feitas na roda são as mais perfeitas. Famosas são as cerâmicas de Carrapicho e Traipu, que ocupa toda a população das margens do Rio São Francisco.



MÚSICAS FOLCLÓRICAS
I.
BRASIL, meu Brasil brasileiro,
Meu mulato isoneiro,
Vou cantar-te nos meus versos
II
Não há ó gente ó não luar
Como esse do sertão.
A lua nasce por detrás
Da verde mata
Mais parece um sol de prata
Iluminando o meu sertão
III
E fonte a cantar
Chuá....Chuá.....
E as água a correr
Chuê.....Chuê.......
Parece que alguém
Tão cheio de magoa
Deixar-se quem há
De dizer a saudade
No meio das águas rolando também.
IV
Ole mulhé rendeira
Ole mulhé renda
Tu me ensina a faze renda
Que eu te ensino a namorá.
V
OH! mana deixa eu ir
Ho! mana eu vou só
Ho! Mana deixa eu ir
Para o sertão do Caicó
VI
Ele não sabe que seu dia é hoje
O céu forrado de veludo azul marinho
Veio ver devagarinho
Onde o boi ia dançar
Ele pediu prá não faze muito ruído
Que o santinho distraído
Foi dormir sem se lembrar.
VII
Vou trabalhar lá em Macau
Que tem salinas
A dar com pau
E para lá eu levarei
A moreninha que eu sempre amei.
VIII
Fiz a cama na varanda
Me esqueci do cobertor
Deu o vento na roseira
Mês cuidados me cobriu toda de flor.
IX
Este São Paulo è colosso
Tem cafezais e algodão
Suas Industrias assombram
É a maior da nação.
X
Vou-me embora prenda minha
Tenho muito o que fazer
Tenho que ir para o rodeio
Prenda minha
No campo do bem querer.
XI
Meu limão meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez tindo lele.
Outra vez tindo lalá.
XII
Negrinho do pastoreio
Acendo esta vela pra ti
E peço que me devolva
A querência que eu perdi
Negrinho do pastoreio
Traz a mim o meu rincão
Eu te ascendo esta velinha
Nela está meu coração
XIII
Minha jangada de vela
Que vento queres levar
De dia é vento de terra
De noite é vento do mar
Minha jangada de vela
Que vento queres levar
De dia é vento de terra
De noite é vento do mar.
XIV
Como pode o peixe vivo
Viver fora de água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua sem a tua
Sem a tua companhia.
XV
O que è que a baiana tem
O que é que a baiana tem
Tem saia rendada tem
Tem bata rendada tem
Colares de ouro tem
Pulseiras de ouro tem
Tem graça como ninguém
O que é que a baiana tem.
O que é que a baiana tem
O que é que a baiana tem.
XVI
Cidade Maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil.



PROVÉRBIOS
Anel de ouro não é para focinho de porco

Pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita

O porco morre na véspera, o homem no dia

Amor é um vento, vai um, vem outro.

Nunca falta um chinelo velho, para um pé inchado.

Nem por muito madrugar, amanhece mais cedo.

Chorar na cama que é lugar quente.

Meio dia, quem não almoça assobia.

Quem não tem cachorro, caça com gato, e quem não tem gato, bota o pé no mato.

Desgraça pouca é bobagem, comida de porco é lavagem. (Minas)

Desgraça pouca é bobagem. (S. Paulo)

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