Antes, quando alguns comentários chegavam até nós, afirmando que a tecnologia digital estaria presente em nossas escolas, parecia um conto de fadas. Hoje, percebemos que o não acreditar em tal tecnologia e na sua aplicabilidade educacional que era ingenuidade nossa.
Com a globalização, vimos que a educação em função da tecnologia digital passou e passa por mutações, fato que nos requer “adaptações”, que nos leva a quebrar e/ou alcançar novos paradigmas. Como educadores precisamos ser flexíveis a essas transformações, saber INTERAGIR com a nossa realidade, repensando o nosso fazer e agir, sabendo a real necessidade da educação digital num mundo virtual, compreendendo que a educação digital que surge, aproxima as distâncias e renova conhecimentos de forma colaborativa. Nos é esclarecido também que as crianças, que nasceram junto aos avanços tecnológicos, “os nativos digitais”, ou “sujeitos digitais”, mantém sua relação com a máquina naturalmente e buscam sempre mais e mais novidades (não são como nós que enfrentamos dificuldades até mesmo de acesso a programas). Segundo Professora mestre em educação e doutora em mídia e conhecimento, pela Universidade Federal de Santa Catarina - Maria Aparecida José - “esses sujeitos digitais... desejam selecionar a mídia que melhor lhes convenha e solicitam conhecimento quando a necessidade lhes é requerida. São flexíveis e abertos a novas práticas de aprendizagem, valorizam o poder de gerenciar sua própria aprendizagem, de determinar de que modo podem realizá-la e de ajustar essa necessidade ao lugar e ao tempo que lhes forem mais apropriados”.
Transpor o abismo tecnológico existente entre a nós e nossas crianças deverá ser o nosso objetivo, precisamos dar a cada uma delas a oportunidade de “gerenciar sua própria aprendizagem...” Enfim, estamos, com muita teoria, tentando reinventar a nossa prática pedagógica.
É uma opção. Vai dar certo? Acreditamos que sim. Mas o tempo dirá.