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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sociedades Digitais e Educação Virtual






“Virtualizar é problematizar, e atualizar é gerar soluções”.DELEUZE (1995)




Diante de embates entre: Escola X Educação, Construção do Saber ("formar o ser colaborativo”) X Saber Pronto. Questiona-se: Nessa sociedade digital o “aprender a aprender” é realmente inovador? A aprendizagem acontece de forma colaborativa? Ou continua-se, mesmo com novas tecnologias, repassando o conhecimento da mesma forma arcaica e autoritária de sempre?


O que aconteceria se buscássemos um cirurgião e professor no século XVIII e os colocássemos nos respectivos locais de trabalho? A resposta parece-me simples: o cirurgião se sentiria totalmente “perdido” meio a tantos instrumentos e tecnologias; não saberia o que fazer. E o professor? Esse se sentiria “em casa” ou não?Podemos levantar outros paradigmas. Tais como:


* A reprodução e a repetição dos módulos escolares compromete boa parte da tecnologia na educação. Pois, percebe-se a facilidade com que os modelos autoritários migram para novos ambientes virtuais, e como os modelos inovadores são rejeitados na escola (fato que é uma ambigüidade). As escolas se virtualizam e/ou virtualizam a escolarização sob o mesmo conteúdo autoritário e burocrático. Professores e alunos encontram vastos repertórios de “conhecimento”, pesquisa escolar entre outros conteúdos prontos, na Internet, onde não há uma rede de saberes e sim, uma rede prescrita, com conteúdos a serem “virtualmente” consumidos, sem que haja uma virtualização do pensar.

*A sociedade do século XXI tem sua marca tecnológica baseada no que tem sido capaz de produzir, a partir da informática, com os dispositivos eletrônicos de comunicação. Se já não é preciso confinar para extrair saber, é porque a cada canal de comunicação os sinais informam, e a sociedade, como uma grande “instituição informacional" opera uma visibilidade digital dos movimentos e posições que cada corpo ocupa, mesmo que todos fisicamente dispersos. Não há corpo útil e produtivo, mas corpo virtualizado, modulado por tecnologias que operam para esse corpo informar.As tecnologias de comunicação rompem, assim, com o conceito de espaço, redimensionando-o sob o conceito da virtualidade a partir do que é possível à Internet e às práticas que a mesma constitui. Práticas que, ao mesmo tempo em que viabilizam mais comunicação, mais proximidade, mais colaboração, mais interação e mais educação, possibilitam igualmente mais controle e informação.


*A escola, em sua nova modalidade – escola virtual - está em todo o lugar onde está o enunciado da educação contínua e do aprender “a qualquer tempo, de qualquer lugar”. Mas isso é insuficiente se não se permitir atuar em modelos mais empreendedores na educação.


Então, estariam os educadores “prontos” para "formar o ser colaborativo”?

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